Parece que o frio finalmente mostrou sua face gélida em nossa região. Enquanto escrevo este texto, o celular está marcando cinco graus em Itararé. Na madrugada a temperatura ficou abaixo de zero. Por outro lado, o noticiário internacional está mostrando as ondas de calor no hemisfério norte que dificultam a luta contra o fogo que atinge Portugal, Espanha e EUA.
Estas situações de frio e calor lembram as revelações divinas ao apóstolo João no livro do Apocalipse, especialmente a mensagem dirigida à igreja em Laodiceia: “Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.” (Ap 3.15-16)
É bem verdade que o frio em alguns lugares está de “congelar a alma”, mas muitas vezes é um frio de outra natureza que toma conta de nossos corações. Uma frieza no amor a Deus e ao próximo. Uma frieza na fé e nas obras. O apóstolo Tiago escreveu em sua Carta: “Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: ‘Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se’, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.” (Tg 1.15-17) O coração é frio quando a fé não é ativa no amor.
Tem um ditado que diz: “frio de mão, quente de coração” ou “mãos frias, coração quente, amor ardente”. Nossas mãos podem até estar frias, mas Deus quer que nosso coração esteja bem quente dentro de nós e para benefício do próximo. Assim como os discípulos de Jesus no caminho de Emaús, queremos sentir o coração arder em fé dentro de nós (Lc 24.32) para também termos um “ardente amor uns para com os outros” (1Pe 4.8).
Publicado no Jornal O Guarani, nº 2515 – 28/07 a 03/08/2017 (Itararé, SP)
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