Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2008

Feliz Ano-Novo

Hoje quero compartilhar uma mesnagem, publicada em Caros Amigos , que recebi do amigo Wanderley Lange, o qual agradeço. Ela expressa tudo o que podemos desejar de bom em 2009. Feliz Ano-Novo   por Frei Betto Desejo um feliz ano-novo em que, se Deus quiser, todas as crianças, ao ligarem a televisão, recebam um banho de Mozart, Pixinguinha e Noel Rosa; aprendam a diferença entre impressionistas e expressionistas; vejam espetáculos que reconstituem a Balaiada, a Confederação do Equador e a Guerra dos Emboabas; e durmam após fazer suas orações. Quero um ano-novo em que, no campo, todos tenham seu pedaço de terra, onde vicejem laranjas e alfaces e voejem bem-te-vis entre vacas leiteiras. Na cidade, um teto sob o qual reluzam o fogão de panelas cheias, a sala atapetada por remendos coloridos, a foto colorida do casal exposta em moldura oval sobre a estante. Espero um ano-novo em que as igrejas abram portas ao silêncio do coração, o órgão sussurre o cantar dos anjos, a Bíblia

O silêncio

" Os tagarelas alegres são emissários do demônio porque com suas palavras tolas eles nos tiram das águas profundas ", Rubem Alves em artigo publicado na coluna Cotidiano da Folha de São Paulo, em 18/03/2008. Eis o artigo: O vento frio, aos golpes, anunciava que o inverno estava se aproximando. Nuvens cinzentas cobriam os Alpes, como navios que navegavam velozes, levadas pelo vento. Era um velho mosteiro de freiras que praticavam o silêncio, costume abençoado que libertava as pessoas da obrigação de conversar com os vizinhos às mesas de refeições. Não ser obrigado a conversar é uma felicidade. É raro que as pessoas entendam isso. Eu iria dar uma fala, faltava ainda meia hora e procurei um lugar escondido onde pudesse ficar quieto com os meus pensamentos. Achei-o sob uma escada, quase invisível e ali me escondi. Foi então que uma pessoa delicada me viu ali sozinho e bondosamente pensou: "O professor Rubem Alves está abandonado..." Dois minutos depois meu refúgio