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Mostrando postagens de julho, 2009

Carta a um sonhador

Neste artigo, publicado na Gazeta do Povo, de 27/07/2009, o Professor Adilson Alves se dirige ao Professor Faraco, em virtude de seu artigo publicado no mesmo jornal e postado neste blogue. Eis o artigo: Prezado Professor Carlos Alberto Faraco, Li e reli seu artigo “Dei xemos a língua em paz”, publicado neste jornal no dia 17 de julho deste ano. Confesso, aliás, minha mania de ler suas publicações, que sempre apresentam com precisão seus quarenta anos de pesquisas ininterruptas sobre questões de linguagem. Aliás, no meu mestrado usei algumas de suas intuições sobre Bakhtin. Perdoe-me os equívocos e as lambanças. Pois é, Professor. Quem está escrevendo é alguém que o ad mira muito. E justamente por admirá-lo é que sugiro que abandone definitivamente essa sua militância em favor de um debate qualificado sobre questões referentes à nossa língua. Por que insistir nessa guerra perdida? Não seria melhor cuidar dos seus netos? Do seu jardim? Sugiro que releia São Bernardo (meu livro

Deixemos a língua em paz!

" Governantes que quiseram controlar o uso da língua constituem um time de credenciais nada recomendáveis ", escreve o Professor Carlos Alberto Faraco , em artigo publicado no Jornal Gazeta do Povo, de 17/07/2009. Eis o artigo: Quando uma autoridade apresenta projetos de regulação do uso social da língua, eu logo me assusto. E me assusto, em primeiro lugar, como cidadão. Hoje, a autoridade quer determinar como devo usar as palavras. Amanhã vai querer dizer que livros poderei ler. Depois, que músicas poderei ouvir. E, por fim, que ideias e crenças estarei autorizado a ter. Não há como deixar de sentir nestes projetos um forte cheiro de autoritarismo. E essa sensação se agrava – e muito – quando observamos a história do século 20: os governantes que quiseram controlar o uso da língua constituem um time de credenciais nada recomendáveis ( Hitler , por exemplo, queria, em nome da defesa da língua pátria, “purificar” o alemão de palavras do iídiche). Sempre me pergunto se