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Mostrando postagens de setembro, 2009

Finkelstein em Porto Alegre

Israel Finkelstein , arqueólogo renomado e professor do Departamento Jacob M. Alkow de Arqueologia e Culturas do Antigo Oriente Próximo , do Instituto de Arqueologia Sonia e Marco Nadler da Universidade de Tel Aviv, estará em Porto Alegre na próxima quarta, dia 30/10, onde fará uma palestra no Auditório da Faculdade de Direito da UFRGS. Na ocasião também acontecerá uma mesa redonda abordando o tema " Religião e Racionalidade: A História Bíblica e a Investigação Arqueológica ", com a participação do Prof. Nelson Kilpp, da Escola Superior de Teologia de São Leopoldo, do Doutorando Josué Berlesi, da Universidade de Buenos Aires e do Prof. Anderson Zalewski Vargas, da UFRGS. Mais detalhes sobre o evento no blogue Observatório Bíblico . Entre outros trabalhos já realizados, Finkelstein dirige escações em Megiddo , juntamente com o Prof. David Ussishkin, e é autor, com seu colega americano, o historiador e arqueólogo Neil Asher Silberman, do livro “ The Bible Unearthed: Archa

Kaiowá Guarani

Foto: Valter Campanato/ABr Depois de passar o final de semana refletindo sobre os índios, me deparo com estas publicações muito oportunas no sítio do IHU : I. O agronegócio incendiário e racista (20/09/2009) "Sequer à beira das estradas os índios são tolerados. Querem vê-los distante ou embaixo da terra  para tranqüilizarem suas consciências, escreve Egon Heck , do Conselho Indigenista Missionário - Mato Grosso do Sul, denunciando nova chacina contra a comunidade Kaiowá Guarani , no Mato Grosso do Sul. Eis o artigo. “Você quer ver, vem olhar aqui, tem quatro bugres mortos, vem ver!”, o tom de deboche e ameaça era revelador de um quadro tétrico de racismo e ódio que se julgava restrito às páginas da história de extermínio das populações indígenas no continente e no mundo. Mas naquela hora  do meio dia de 18 de setembro, à beira da BR 486 , a cena era muito real. Enquanto uma integrante do Cimi fotografava o que restou das casas queimadas, onde ainda a fumaça e pequenas

Caim - O novo romance de José Saramago

"Caim". Este é o título do novo romance de José Saramago . Obviamente, com este título, já supomos que Caim seja um dos protagonistas. "Outro é Deus, outro ainda é a humanidade nas suas diferentes expressões", escreve Pilar del Río , esposa do escritor e presidente da Fundação José Saramago em artigo publicano no no blogue da instituição. Leia na íntegra : Saramago escreveu outro livro. O seu título é “Caim”, e Caim é um dos protagonistas principais. Outro é Deus, outro ainda é a humanidade nas suas diferentes expressões. Neste livro, tal como nos anteriores, “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, por exemplo, o autor não recua diante de nada nem procura subterfúgios no momento de abordar o que, durante milénios, em todas as culturas e civilizações foi considerado intocável e não nomeável: a divindade e o conjunto de normas e preceitos que os homens estabelecem em torno a essa figura para exigir a si mesmos - ou talvez seria melhor dizer para exigir a outros- uma f

Estou triste

Já usei este espaço pra falar sobre a crise de identidade do PT e, mais recentemente, sobre as baixas no partido (Flávio Arns e Marina Silva), por isso, achei muito oportuno reproduzir aqui as palavras do Rubem Alves no artigo "Estou triste", publicado no Portal Aprendiz em 01/09/2009 . Eis o artigo: Chegou-me, via internet, este artigo que publiquei faz muitos anos, a propósito do momento político que o país vivia. Eu havia me esquecido dele. Espantei-me. Eu poderia tê-lo escrito hoje. As máscaras, os nomes, os eventos são outros. Mas o "script" é o mesmo. Será que o escrevi num momento de lucidez profética? "Perdi as esperanças. Escrever, que sempre me foi um motivo de alegria, agora é coisa que faço me arrastando. Penso que o melhor seria parar de escrever. Vinicius se referia à sua "inútil poesia". Poesia é inútil. Os poetas são fracos. As fórmulas dos demagogos são mais palatáveis. Escrevo inutilmente. Minhas tristezas são duas. Hoje esc

A Despedida de Saramago

No momento em que reativo meu blogue, José Saramago dá adeus ao seu. Em 31 de agosto se despede de seu " O Caderno de Saramago ". Amparando sua decisão no provérbio popular que diz que "não há bem que sempre dure nem mal que ature" (dure, perdure, persista, não acabe, seja lá como você o conhece), o escritor de além-mar reconhece que mesmo algo de mal que tenha escrito, não poderiam ser diferentes, senão melhores. Saramago diz que vai dedicar-se a outro livro que está escrevendo e nos deixa na companhia de "Caim", que vai dar muito o que falar, talvez eu até escreva alguma coisa aqui. E acho que são exatamente as repercussões desse esperado lançamento que o trará a público novamente. Na verdade, a despedida de Saramago parece mais propriamente um até breve. Ele prório reconhece que não quer ser tão radical, tomando uma decisão irrevogável. À maneira de Saramago, pensando melhor, não há que ser tão radical...