Na década de 80 e 90 o punk rock fazia a cabeça da molecada que queria contrapor-se aos problemas sociais de uma forma rebelde e revolucionária. Uma banda paulistana chamada Olho Seco vociferava assim o niilismo típico de um movimento que afirmava a morte da esperança e do sentido da vida: “Esperança explodiu em mais de mil pedaços. Meu futuro se foi com ela, me deixou em frangalhos. Me sepultem, me enterrem. Estou morto! Morto!” Muitas vezes é assim que nos sentimos: mortos! Não uma morte real, mas igualmente paralisante, quando a vida perde o sentido e a esperança e os sonhos se desfazem como fumaça. Então, nos assemelhamos a “mortos-vivos”, cobertos pela sombria presença de um vazio existencial. Certo dia, Jesus encarou a cruel realidade da morte de seu amigo Lázaro, que estava na sepultura há quatro dias e já cheirava mal. A humanidade vivencia o estado de Lázaro, morta e cheirando mal, podre em seu interior. Isto fica evidente no sofrimento, na dor, na tristeza, no ódio, enfim, ...