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Mostrando postagens de agosto, 2009

Uma Silva sucessora de um Silva?

Compartilho o artigo de Leonardo Boff publicado em seu sítio no dia 22/08/2009, mas que já tinha saído antes no Jornal do Brasil e O Globo. Segue: Não estou ligado a nenhum partido, pois para mim partido é parte. Eu como intelectual me interesso pelo todo embora, concretamente, saiba que o todo passa pela parte. Tal posição me confere a iberdade de emitir opiniões pessoais e descompromissadas com os partidos. De forma antecipada se lançou a disputa: Quem será o sucessor do carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva? De antemão afirmo que a eleição de Lula é uma conquista do povo brasileiro, principalmente daqueles que foram sempre colocados à margem do poder. Ele introduziu uma ruptura histórica como novo sujeito político e isso parece ser sem retorno. Não conseguiu escapar da lógica macro-econômica que privilegia o capital e mantém as bases que permitem a acumulação das classes opulentas. Mas introduziu uma transição  de um estado privatista e neoliberal para um governo r

Versões diferentes para um conflito

A morte de um trabalhador rural sem terra , ocorrida dia 21 em São Gabriel/RS confirma uma constatação que fiz aqui no Rio Grande do Sul: a violência e truculência da Polícia Militar, aqui chamada de Brigada Militar, na repressão de manifestações, ocupações e reintegrações de posse, seguida de uma manobra contra os movimentos sociais . Lembro que algo semelhante acontecia no Paraná há 10 anos atrás, quando a Polícia Militar do governo Lerner seguia a mesma cartilha. Nessa época, incentivados pela oficialidade do governo, pistoleiros eram contratados para proteger latifúndios, muitos improdutivos, se tornaram uma ameaça à paz e criaram um clima de instabilidade e medo no campo. Quando o Requião assumiu o governo do Estado as coisas mudaram um pouco. Obviamente, o conflito agrário ainda continuou no Paraná, com a diferença que Requião parece estar do outro lado da cerca. Já os ruralista, órfãos da oficialidade do governo, parecem radicalizar suas "medidas de proteção". O fat

Pessoas virtuosas, instituições virtuosas...

É quase unanimidade que esse negócio de Sarney já foi longe demais. Uns querem renúncia, outros, arquivamento de denúncia. Alguns dizem haver um terceiro grupo que quer mesmo é que esse negócio não acabe, até abalar o governo Lula e uma possível sucessão em 2010, pintando um quadro de "quanto pior, melhor". Até faz sentido, mas o fato é que já foi longe de mais. O Lula já devia ter se antecipado e tirado o cara do time, mas o problema é que pisou na bola logo na primeira oportunidade, digo, declaração pública de que Sarney não é " uma pessoa comum ". O fato é que isso tá rendendo e, durante a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do dia 19, o senador João Pedro leu uma nota do presidente do PT orientando oscolegas do partido no colegiado a votarem pelo arquivamento das ações impetradas pelo PSOL e PSDB contra Sarney. O Berzoini, assim como toda a turma do Governo, acha que todo esse negócio é uma estratégia da oposição para antecipar o debate eleitor

Vamos promover a língua!

Em resposta a alguns questionamentos de seu texto anterior, o Professor Carlos Alberto Faraco escreveu o artigo abaixo, publicado na Rede CBN , em 03/08/2009. Eis o artigo: Meu texto anterior ( Deixemos a língua em paz! ), publicado na Gazeta do Povo de 17/07/2009 e, depois, transcrito aqui, provocou alguns questionamentos de leitores. Um deles me pergunta se não é dever de todos promover a língua portuguesa; outro, se não acho abusivo o uso atual de estrangeirismos; e, por fim, um terceiro me pergunta como devemos proceder com os estrangeirismos se uma lei estapafúrdia não é a solução. Vou comentar o primeiro ponto neste texto. Voltarei aos outros oportunamente. Vamos começar nos colocando de acordo quanto à primeira questão. É óbvio que, como sociedade, devemos promover a língua portuguesa, que é a língua da maioria da população brasileira. E aqui não há segredo: a promoção da língua depende basicamente de uma boa educação linguística no nível fundamental e médio. Uma boa