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Mostrando postagens de 2016

Feliz Ano Novo! Adeus Ano Velho?

O Ano Novo se tornou um momento mágico e especial, diferente de outros momentos de passagem na vida individual e familiar, como aniversário, batismo, casamento, etc., pois é coletivo, globalizado e conduzido pelos meios de comunicação. Não tem como ficar de fora. O Réveillon é ocasião para as resoluções de Ano Novo, quando muitas pessoas já antecipam também os resultados. Junto com a promessa de entrar na academia, muitos já se veem entrando naquele número que não vestia mais, junto com a decisão de batalhar por uma promoção, outros já pressentem a espuma macia da cadeira de chefe no trabalho, e por aí vai. O filósofo polonês Zygmunt Bauman (que morreu esta semana aos 91 anos) escreveu que “Ano-Novo é a festa anual da ressurreição das esperanças. Dançamos, cantamos e bebemos para saudar a chegada da esperança renascida, ainda firme e intransigente; um novo tipo de esperança – é o que esperamos – imune ao descrédito e ao menosprezo”. Somos tomados pela esperança num mundo melhor ...

O amor de Deus nas contradições do Natal

Estamos vivendo o clima festivo do Natal. Os lares, igrejas, ruas e praças estão embelezados e iluminados. Assim também está a nossa alma com a maior dádiva que o Natal oferece: o amor de Deus que se tornou carne e tocou a nossa existência humana   Esse amor veio habitar o mundo na pessoa de Jesus Cristo, tornando-se pessoa igual a nós, experimentando os mesmos sofrimentos, choros e alegrias. Mas o dom do Natal é que Jesus nos faz experimentar o amor divinal que torna o nosso coração mais aconchegante e acolhedor que a humilde manjedoura que recebeu Jesus na sua primeira vinda ao mundo. E isto é assunto primordial nesta época do ano. Enquanto muitas pessoas se alegram, muitas outras são tocadas pelo sofrimento e a tristeza de trágicos acontecimentos e lembranças. Natal traz esse paradoxo. A própria mãe do Senhor o experimentou. Quando o velho sacerdote Simeão segurou o Menino Deus nos seus braços e abençoou a sagrada família, também disse à bem-aventurada Mar...

O testamento do Cachorro

Hoje, Quarta-feira de Cinzas, procurando alguma coisa interessante pra relaxar e assistir, me deparei com o Ariano Suassuna na TV Senado. Era umas 22 horas, o programa já havia começado a algum tempo, mas peguei muita coisa boa e pérolas valiosas do escritor. Trata-se de uma aula-espetáculo que fora realizada em Junho de 2013, na sala Villa-Lobos do Teatro Nacional de Brasília (DF). Depois do programa, acabei explorando na rede muita coisa que o Suassuna falou, partindo de sua fala de que não cria mas copia. Copia o que o provo brasileiro traz. Aí vem as histórias contadas, os muitos cordéis que se perdem no tempo. Procurando a história do enterro do cachorro de um antigo folheto de literatura de cordel - que o próprio Suassuna atribui a fundamentação de “O Auto da Compadecida” -, me deparei com Leandro Gomes de Barros, um grande poeta da literatura de cordel, nascido no sertão da Paraíba, e que viveu de 1865 a 1918. A história do testamento do cachorro é parte do folheto "O d...