Sob o título “Haiti Disaster Capitalism Alert: Stop Them Before They Shock Again” Naomi Klein fez o seguinte alerta em seu artigo: “Os leitores do The Shock Doctrine sabem que a Heritage Foundation foi uma das principais defensoras da exploração de desastres para empurrar suas políticas corporativas impopulares. A partir deste documento, elas estão aí outra vez, nem mesmo esperaram um dia para usar o terremoto devastador no Haiti para empurrar as suas chamadas reformas.”
Naomi destaca uma citação primária que julga revelar o instinto da proposta: "Além de fornecer assistência humanitária imediata, a resposta dos EUA ao trágico terremoto no Haiti oferece oportunidades de reforma do governo e da economia a longo prazo disfuncional do Haiti, bem como melhorar a imagem pública dos Estados Unidos na região". Logo no título a proposta se revela gananciosa: "Em meio ao sofrimento, a crise no Haiti oferece oportunidades para os EUA". Nunca a milenar sabedoria chinesa esteve tão certa: crise e oportunidade são a mesma coisa.
O interessante é que o artigo original citado pela Naomi e intitulado “Amidst the Suffering, Crisis in Haiti Offers Opportunities to the U.S.” foi substituído por outro intitulado “Things to Remember While Helping Haiti” no site da Heritage Foudation, mas igualmente controverso e digno dos vários comentários que expressam indignação. Se você clicar no link do post antigo será redirecionado para o atual, mas os repórteres investigativos do Democracy Now! conseguiram descobrir o documento anterior no cache do Google. As artimanhas já começam por aí.
A Heritage Foundation ainda sugere que em vista da nomeação de Clinton como representante no Haiti, Obama aponte George Bush para representar os Republicanos num esforço bipartidário. A preocupação da Fundação com o povo haitiano chega a ser tocante, porque as medidas humanitárias ainda incluem ficar de olho numa possivel propaganda negativa que poderia emanar do campo Castro-Chávez, levar um grande contingente da Guarda Costeira para não deixar haitianos entrarem nos EUA e insistir que o governo do Haiti coopere com os EUA para que a corrupção não infecte a ajuda humanitária.
O coração chega a ficar profundamente aquecido e grato ao ler proposta repleta de preocupação para com o povo haitiano. Ou você esperava ouvir alguma coisa como implementar uma logística voluntariosa capaz de fazer os alimentos e remédios chegarem mais rapidamente a quem necessita? Esta é a Heritage Foundation sobre o terremoto no Haiti. Palavras que talvez alguns colocariam no mesmo saco das bobagens ditas pelo Pat Robertson.
Naomi, que no seu livro “The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism” afirma que os choques sociais como o terrorismo e outros desastres são utilizados para implementar reformas que antes visam o interesse particular que o bem geral, faz semelhante alerta em relação aos acontecimentos no Haiti, quando disse no Democracy Now! que “… as crises são freqüentemente usadas como pretexto para empurrar políticas que não passariam em tempos de estabilidade. Os países em períodos de crise extrema estão desesperados por qualquer tipo de ajuda, qualquer tipo de dinheiro, e não estão em condições de negociar de forma justa os termos de troca … Temos que ser absolutamente claros em relação a esta tragédia - que é em parte natural, em parte não - que não deve, sob nenhuma circunstância, ser utilizada para, primeiro, endividar ainda mais o Haiti e, segundo, empurrar as políticas corporativas impopulares, para proveito das nossas corporações. E isto não é teoria da conspiração. Eles têm feito isto sempre de novo.”
Naomi destaca uma citação primária que julga revelar o instinto da proposta: "Além de fornecer assistência humanitária imediata, a resposta dos EUA ao trágico terremoto no Haiti oferece oportunidades de reforma do governo e da economia a longo prazo disfuncional do Haiti, bem como melhorar a imagem pública dos Estados Unidos na região". Logo no título a proposta se revela gananciosa: "Em meio ao sofrimento, a crise no Haiti oferece oportunidades para os EUA". Nunca a milenar sabedoria chinesa esteve tão certa: crise e oportunidade são a mesma coisa.
O interessante é que o artigo original citado pela Naomi e intitulado “Amidst the Suffering, Crisis in Haiti Offers Opportunities to the U.S.” foi substituído por outro intitulado “Things to Remember While Helping Haiti” no site da Heritage Foudation, mas igualmente controverso e digno dos vários comentários que expressam indignação. Se você clicar no link do post antigo será redirecionado para o atual, mas os repórteres investigativos do Democracy Now! conseguiram descobrir o documento anterior no cache do Google. As artimanhas já começam por aí.
A Heritage Foundation ainda sugere que em vista da nomeação de Clinton como representante no Haiti, Obama aponte George Bush para representar os Republicanos num esforço bipartidário. A preocupação da Fundação com o povo haitiano chega a ser tocante, porque as medidas humanitárias ainda incluem ficar de olho numa possivel propaganda negativa que poderia emanar do campo Castro-Chávez, levar um grande contingente da Guarda Costeira para não deixar haitianos entrarem nos EUA e insistir que o governo do Haiti coopere com os EUA para que a corrupção não infecte a ajuda humanitária.
O coração chega a ficar profundamente aquecido e grato ao ler proposta repleta de preocupação para com o povo haitiano. Ou você esperava ouvir alguma coisa como implementar uma logística voluntariosa capaz de fazer os alimentos e remédios chegarem mais rapidamente a quem necessita? Esta é a Heritage Foundation sobre o terremoto no Haiti. Palavras que talvez alguns colocariam no mesmo saco das bobagens ditas pelo Pat Robertson.
Naomi, que no seu livro “The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism” afirma que os choques sociais como o terrorismo e outros desastres são utilizados para implementar reformas que antes visam o interesse particular que o bem geral, faz semelhante alerta em relação aos acontecimentos no Haiti, quando disse no Democracy Now! que “… as crises são freqüentemente usadas como pretexto para empurrar políticas que não passariam em tempos de estabilidade. Os países em períodos de crise extrema estão desesperados por qualquer tipo de ajuda, qualquer tipo de dinheiro, e não estão em condições de negociar de forma justa os termos de troca … Temos que ser absolutamente claros em relação a esta tragédia - que é em parte natural, em parte não - que não deve, sob nenhuma circunstância, ser utilizada para, primeiro, endividar ainda mais o Haiti e, segundo, empurrar as políticas corporativas impopulares, para proveito das nossas corporações. E isto não é teoria da conspiração. Eles têm feito isto sempre de novo.”
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