tag:blogger.com,1999:blog-46828438588688201822024-03-13T05:19:29.697-03:00super flumina babylonisJosemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.comBlogger87125tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-28860959588929589592019-05-17T22:09:00.005-03:002019-05-17T22:09:40.831-03:00Corra ao sepulcro!<span></span><br />
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<span data-offset-key="db2pb-0-0"><span data-text="true"></span></span></div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPg6SCwjPwhyphenhyphenxDduArwPfVf32s8zzitGyZm3PDz3aKlBedgIhxOgdvuP5R5f_9AIcri8EbwN60ctOUq2AVNLqHvQ3RehLQayA8S4f4VDN4mY9oXnBmpQm7lhyKQU9YTEP5lrlS7eZ3L2A/s1600/the-disciples-peter-and-john-running-to-sepulchre-on-the-morning-of-the-resurrection-circa-1898.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="367" data-original-width="550" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPg6SCwjPwhyphenhyphenxDduArwPfVf32s8zzitGyZm3PDz3aKlBedgIhxOgdvuP5R5f_9AIcri8EbwN60ctOUq2AVNLqHvQ3RehLQayA8S4f4VDN4mY9oXnBmpQm7lhyKQU9YTEP5lrlS7eZ3L2A/s400/the-disciples-peter-and-john-running-to-sepulchre-on-the-morning-of-the-resurrection-circa-1898.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span><span data-offset-key="989eg-0-0"><span data-text="true"><i>Os discípulos Pedro e João correndo ao sepulcro na manhã da Ressurreição</i>, por Eugene Burnand (c. 1898)</span></span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="hsbf-0-0">
<span data-offset-key="hsbf-0-0"></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2jqre-0-0">
<span data-offset-key="2jqre-0-0"><span data-text="true">A Páscoa é o ponto alto do Ano Eclesiástico, pois a ressurreição de nosso Senhor Jesus é o acontecimento transformador da realidade humana. O Domingo de Páscoa foi apenas o começo! Para meditarmos mais demoradamente sobre o significado da Páscoa, o brilho da ressurreição é estendido por cinquenta dias até o Pentecostes.</span></span></div>
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<span data-offset-key="27pav-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="79uhd-0-0">
<span data-offset-key="79uhd-0-0"><span data-text="true">É assim que o evangelista Lucas narra este acontecimento fundamental da fé cristã: “No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres tomaram as especiarias aromáticas que haviam preparado e foram ao sepulcro. Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse, quando ainda estava com vocês na Galileia: ‘É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia’“. Então se lembraram das suas palavras. Quando voltaram do sepulcro, elas contaram todas estas coisas aos Onze e a todos os outros. As que contaram estas coisas aos apóstolos foram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, e as outras que estavam com elas. Mas eles não acreditaram nas mulheres; as palavras delas lhes pareciam loucura. Pedro, todavia, levantou-se e correu ao sepulcro.” (Lc 24.1-12 NVI)</span></span></div>
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<span data-offset-key="1huae-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6sgvs-0-0">
<span data-offset-key="6sgvs-0-0"><span data-text="true">Talvez Pedro fosse o mais desconsolado entre os discípulos de Jesus, não só por haver negado seu Senhor, mas pela eternidade que as horas pareciam durar. As trevas daquela primeira Sexta-feira Santa eram tão densas e sombrias. O silêncio daquele Sábado Santo parecia interminável. A chama da esperança estava se extinguindo em seu coração ansioso. Os discípulos, ao ouvirem das mulheres o testemunho da Ressurreição, não acreditaram. Mas Pedro levantou-se e correu ao sepulcro.</span></span></div>
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<span data-offset-key="2hp5c-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ain4s-0-0">
<span data-offset-key="ain4s-0-0"><span data-text="true">Há momentos em nossas vidas em que nos encontramos como Pedro, aflitos pelo sentimento de culpa, pela solitude e pela ansiedade. Muitas vezes nos sentimos no escuro, sem saber onde ir ou a quem recorrer. Quantas vezes o silêncio perturbador foi tudo o que encontramos depois de nossas orações? Nestes momentos, tudo aquilo que acreditamos parece não fazer mais sentido. A esperança e a fé se apequenam diante de tantas tribulações. A vida cristã não é aquilo que esperávamos e nossas expectativas são frustradas! É nestes momentos que o Espírito de Deus nos convida para correr ao sepulcro. Não de forma literal, mas buscando em oração e fé confiante aquele que ressuscitou dentre os mortos.</span></span></div>
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<span data-offset-key="7cc1e-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7i9m4-0-0">
<span data-offset-key="7i9m4-0-0"><span data-text="true">Quando as mulheres e Pedro correram ao sepulcro, “então se lembraram das palavras de Jesus” (Lc 24.8). Em outro relato dos Evangelhos, o anjo disse às mulheres: “Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês...” (Mt 28.7). Sim! Jesus está sempre adiante, à nossa frente! Ele excede todas as nossas expectativas e entendimento e nos dá a paz de Deus (Fp 4.7). Talvez tudo o que precisamos fazer agora é também correr para o sepulcro. É nesta experiência que os primeiros discípulos e cristãos de todos tempos buscaram alento, esperança e fé para suas vidas cansadas e desorientadas. No sepulcro vazio você também vai lembrar das palavras de Jesus e das promessas de Deus. Então, dentro de você vai ressuscitar a fé e a esperança! Jesus está à nossa frente cuidando de cada detalhe de nossa vida atribulada neste vale de lágrimas. “Eis Jesus ressuscitado, ricos dons a conceder! Junto ao Pai não cessa nunca, de por nós interceder” (do hino de Philip P. Bliss). </span></span></div>
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Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-28273418567875580712018-12-15T23:29:00.000-02:002018-12-15T23:29:03.448-02:00Advento, o Cristo que sempre está vindo<span></span><br />
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<span data-offset-key="5k8bf-0-0"><span data-text="true"></span></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-DyCZF8p3APUaDuDL-ihDLbqafB143Iimnm-BPUzbi6IuupUlXhzAqDR8z1-RV7VoEmBWbqFGwJLNRW89rskUlsM3khj-mK_BUlKfCHCUVxEiQ5tgF0wVXbDl7S3V43WYwjHTdDhoOew/s1600/maria+gravida+-+gerges+samir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="679" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-DyCZF8p3APUaDuDL-ihDLbqafB143Iimnm-BPUzbi6IuupUlXhzAqDR8z1-RV7VoEmBWbqFGwJLNRW89rskUlsM3khj-mK_BUlKfCHCUVxEiQ5tgF0wVXbDl7S3V43WYwjHTdDhoOew/s400/maria+gravida+-+gerges+samir.jpg" width="282" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ícone de Gerges Samir</td></tr>
</tbody></table>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="20rle-0-0">
<span data-offset-key="20rle-0-0"><span data-text="true">Advento nos vem dizer que Cristo é aquele que sempre está vindo. É aquele que não cessa de vir. Não é alguém distante que está para chegar. Que corre mesmo o risco de não chegar. Mas aquele que é uma chegada sempre atual. Não é um fato histórico, limitado entre duas datas. Com um começo. E com um fim. Mas esta chegada de Cristo é uma realidade perene. De alguém, como diz o Apocalipse, que está sempre à porta e bate.</span></span></div>
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<span data-offset-key="72fmf-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3uol-0-0">
<span data-offset-key="3uol-0-0"><span data-text="true">Tempos há em que muito barulho reina em nossa casa, e as pancadas dele não se deixam perceber. Muitos aparelhos sonoros gritam altas vozes e sufocam o suave bater do peregrino que volta sempre. Outras vezes, a quantidade de batidas, vindas de cem mil direções, afoga e confunde a batida daquele que quer ser o único a ser escutado. Uma surdez pessoal, não raro, intercepta estas batidas, tornando-as imperceptíveis.</span></span></div>
</div>
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<span data-offset-key="fkfnf-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a932i-0-0">
<span data-offset-key="a932i-0-0"><span data-text="true">Por isso, o Advento é um tempo excepcional. Cria - ou tenta criar - uma atmosfera mais serena para que as batidas do Mestre ressoem com mais nitidez. Com mais significado. Com mais eloquência. E lhe abramos, assim, a porta, sabendo que ele nos ama a todos como amou o Zaqueu do Evangelho. E por isso leva em seu coração uma necessidade: Zaqueu, hoje preciso hospedar-me em tua casa. Pois só ele tem aquele dom pessoal, aquela palavra individual, aquela mensagem só minha.</span></span></div>
</div>
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<span data-offset-key="f10la-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="em8pn-0-0">
<span data-offset-key="em8pn-0-0"><span data-text="true">É um eterno solicitador. Aquele que nos diz, concretamente, alguma coisa teve início, mas não terá fim. O Pastor que diz, no Evangelho, ser capaz de deixar 99 ovelhas e lançar-se à busca de uma perdida, continua através da história essa busca amorosa. “Estou à porta e bato”. E bate numa comovente teimosia a se repetir sem cessar. Será que nossos ouvidos não se abrirão nunca? No meio das nossas angústias, soluçando alto, de nossas crises, sacudindo alicerces, deveria ressoar o gemido de Cristo: “Se ao menos agora reconhecesse aquele que te pode trazer a paz!...”</span></span></div>
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<span data-offset-key="bl8gp-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5ltfr-0-0">
<span data-offset-key="5ltfr-0-0"><span data-text="true">Seja este Advento o meu agora. O agora deste mundo que nos cerca, dentro do qual turbilhonamos na incerteza e no temor. E o menino dos nossos presépios tome vida e seu canto de paz tome forma e sobre planícies da humanidade, saciadas do sangue humano, chova o canto da paz. Não uma paz feita apenas de inconsistente trégua, mas paz imorredoura tecida pelo encontro do homem com Deus.</span></span></div>
</div>
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<span data-offset-key="3ia8u-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5akpr-0-0">
<span data-offset-key="5akpr-0-0"><span data-text="true"><i><b>Hugo Baggio</b></i> (Boletim do CEI - Centro Ecumênico de Informação, nº 61, dezembro de 1971)</span></span></div>
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Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-39821425423559425932018-10-26T19:58:00.000-03:002018-10-26T19:58:07.080-03:00Gandalf e o poder da verdade<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLMmMgwE4aRAGhlSm7GAJ0BbDJH3gUed2LuiFB2AKHPGIPKFgBCD-rYGFTLlQYP6f5UZxmdIhYPymFY4rqezhMQA9FzUK_YkPwRzSDZH6kDnw6hEo5U14CYwyFhRW1bhTSYR9Euyr7gTw/s1600/gandalf+-+stevethomason.net.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLMmMgwE4aRAGhlSm7GAJ0BbDJH3gUed2LuiFB2AKHPGIPKFgBCD-rYGFTLlQYP6f5UZxmdIhYPymFY4rqezhMQA9FzUK_YkPwRzSDZH6kDnw6hEo5U14CYwyFhRW1bhTSYR9Euyr7gTw/s400/gandalf+-+stevethomason.net.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>arte: www.stevethomason.net</i></td></tr>
</tbody></table>
Gandalf usou seus poderes miraculosos em épocas de grave perigo... "Ele sempre aparece quando as coisas estão tenebrosas." ... No entanto, apesar de todos os seus poderes miraculosos, a influência profética do mago consiste, sobretudo, no domínio da sabedoria. Gandalf impactou os acontecimentos da Terra Média pelo poder de suas palavras. De fato, esse era seu chamado genuíno. De acordo com <i>O Silmarillion</i> - os escritos lendários que fornecem o pano de fundo para <i>O Senhor dos Anéis</i> - Gandalf e os outros magos eram "mensageiros enviados pelos Senhores do Oeste para contestar o poder de Sauron". A palavra mensageiro indica que os magos não confrontam o mal através da força militar, mas com o poder da verdade...<br /><br />Cada um dos protagonistas de O Senhor dos Anéis tem um personagem que destaca suas verdadeiras qualidades, por contraste. Para Gandalf, o personagem contrastante é Saruman... Eles são "parecido, e ao mesmo tempo diferente", diz Gimli ... Ambos os magos reconhecem que uma grande mudança está chegando à Terra Média. A época dos elfos está acabando, o que Saruman vê como uma chance de tomar o poder. "Nosso tempo está chegando", diz ele: "o mundo dos homens, que devemos governar. Mas precisamos de poder, poder para ordenar todas as coisas como queremos, para o bem que apenas os Sábios podem enxergar". Infelizmente, Saruman nunca vê o bem, apesar dos melhores esforços de Gandalf para convencê-lo... Não é surpresa que as palavras de Gandalf, proféticas ou não, às vezes caiam em ouvidos surdos. Este é o triste destino dos profetas em toda parte: eles raramente são tratados com honra, seja em sua cidade natal ou em outro lugar... <br /><br />Ao prever o futuro, lançando alertas e dizendo outras verdades desconfortáveis, e fortalecendo a coragem do povo através de palavras de esperança, Gandalf nos mostra como servir como profetas no reino de Deus. No lar, na igreja, na academia, no mercado, e na sociedade em geral, todo cristão tem um chamado para falar a verdade de Deus. <br /><br />(Tradução livre de trechos de <i>The Messiah Comes to Middle-Earth</i>, de Philip Ryken)Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-88397589131634605882018-10-25T20:08:00.000-03:002018-10-26T20:09:40.311-03:00Tabita (Dorcas), Lídia e Febe<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCudEG0zGN8pzNDI1F8ghJ1J80lgK-j53EERpL7pOlo9Cjpp8sllpGKhHFPSBOF4h47nOfpg_cGGg9au7oDO0hK31OYShxWBrhZjfm7mHq6yt4AK3uFL-gYC2pKzP_8DW6BF9KPp4k4Sw/s1600/tabita_lidia_febe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCudEG0zGN8pzNDI1F8ghJ1J80lgK-j53EERpL7pOlo9Cjpp8sllpGKhHFPSBOF4h47nOfpg_cGGg9au7oDO0hK31OYShxWBrhZjfm7mHq6yt4AK3uFL-gYC2pKzP_8DW6BF9KPp4k4Sw/s400/tabita_lidia_febe.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Todo-poderoso Deus, que moveste à compaixão os corações de tuas amadas servas Dorcas, Lídia, e Febe para manter e suster a tua Igreja através de suas obras de caridade. Concede-nos a mesma vontade de amar a ti. Abre nossos olhos para enxergamos a ti nos pequeninos e fortalece nossas mãos para servirmos a ti no próximo; por amor de teu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. (<i>Treasury of Daily Prayer</i>)Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-49983490931705448852018-01-12T14:43:00.001-02:002018-01-12T14:43:09.892-02:00Para os que sofrem infortúnios e calamidades<div data-contents="true">
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="f3d4n-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f3d4n-0-0">
<span data-offset-key="f3d4n-0-0"><span data-text="true"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZdpZ7JsFOFK3hWd6_G4qMPvbuM1oHQAUxLHBb15T6qaX7boGJj8uhSGO3nt9GDLz1LW52DoexaypytXwMpOy6Q4SB6_cnHYyixgT706VCxeYXtOWpwSgUag08gIrYfSIGXzfP9s2UaTw/s1600/jesus_and_mary_manger_by_bnw20401.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1028" data-original-width="900" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZdpZ7JsFOFK3hWd6_G4qMPvbuM1oHQAUxLHBb15T6qaX7boGJj8uhSGO3nt9GDLz1LW52DoexaypytXwMpOy6Q4SB6_cnHYyixgT706VCxeYXtOWpwSgUag08gIrYfSIGXzfP9s2UaTw/s400/jesus_and_mary_manger_by_bnw20401.jpg" width="350" /></a></div>
</span></span><span data-offset-key="f3d4n-0-0"><span data-text="true"> </span></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f3d4n-0-0">
<span data-offset-key="f3d4n-0-0"><span data-text="true">Natal, Ano Novo, Epifania e férias na escola ou no trabalho. Tempo de alegria, promessas, expectativas e revigoramento. No entanto, as calamidades, sofrimentos e tragédias coletivas e pessoais nos lembram que ainda vivemos em meio a um vale de lágrimas. Assim também se sucedeu com a Sagrada Família. Em meio à alegria da Anunciação e de uma concepção miraculosa, eles também experimentaram os dissabores da bisbilhotice e desonra, uma fuga apressada, a desventura de refugiados, o martírio das crianças inocentes. Os sofrimentos e tribulações que envolvem o nascimento de Jesus projetam a cruz sobre a manjedoura. Lutero escreveu certa vez: "<i>Assim que a vida cristã ou qualquer outra coisa de Cristo começa, a próxima coisa, a cruz, está perto"</i> (WA 27: 475-76). Mas, graças a Deus, o Menino que celebramos no Natal carrega uma promessa divinal em seu nome. Ele é Emanuel. Deus é conosco. Deus está comigo e com você. Essa promessa persiste, mesmo que o choro se misture ao riso. A promessa persiste porque o Jesus, o Emanuel, é o próprio Deus que veio habitar no meio de nós e nos libertar da causa de todos os males e infortúnios.</span></span></div>
</div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6ntnk-0-0">
<span data-offset-key="6ntnk-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="3e92d-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3e92d-0-0">
<i><span data-offset-key="3e92d-0-0"><span data-text="true">Ó Senhor, tem piedade.</span></span></i></div>
</div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="et02d-0-0">
<i><span data-offset-key="et02d-0-0"><span data-text="true">Ó Cristo, tem piedade.</span></span></i></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="9ko7n-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9ko7n-0-0">
<i><span data-offset-key="9ko7n-0-0"><span data-text="true">Ó Senhor, tem piedade.</span></span></i></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="20h3i-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="20h3i-0-0">
<span data-offset-key="20h3i-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="chg4m-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="chg4m-0-0">
<span data-offset-key="chg4m-0-0"><span data-text="true">Todo-poderoso Deus, socorro bem presente na angústia, não permitas que o teu povo fique apavorado, mas fortalece e conforta a cada um até o fim das calamidades. Ajuda-nos com o teu amor, perdoa os pecados, sara os feridos, consola os aflitos, protege os inocentes e desamparados e livra os que estão em perigo. Por amor da tua grande misericórdia em Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém. </span></span></div>
</div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ej22q-0-0">
<span data-offset-key="ej22q-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="fimbi-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fimbi-0-0">
<span data-offset-key="fimbi-0-0"><span data-text="true">Alma de Cristo, santifica-me.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="5u9ei-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5u9ei-0-0">
<span data-offset-key="5u9ei-0-0"><span data-text="true">Corpo de Cristo, salve-me.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="d6hv8-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="d6hv8-0-0">
<span data-offset-key="d6hv8-0-0"><span data-text="true">Sangue de Cristo, inebria-me.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="dpqi2-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dpqi2-0-0">
<span data-offset-key="dpqi2-0-0"><span data-text="true">Água do lado de Cristo, lave-me.</span></span></div>
</div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f74cg-0-0">
<span data-offset-key="f74cg-0-0"><span data-text="true">Paixão de Cristo, conforta-me.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="dekqj-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dekqj-0-0">
<span data-offset-key="dekqj-0-0"><span data-text="true">Ó bom Jesus, ouve-me.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="5e17c-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5e17c-0-0">
<span data-offset-key="5e17c-0-0"><span data-text="true">Dentro de tuas feridas, esconde-me.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="hivm-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="hivm-0-0">
<span data-offset-key="hivm-0-0"><span data-text="true">Não permitas me separar de Ti.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="2ou72-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ou72-0-0">
<span data-offset-key="2ou72-0-0"><span data-text="true">Do inimigo maligno, defende-me.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="6j8l6-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6j8l6-0-0">
<span data-offset-key="6j8l6-0-0"><span data-text="true">Na hora da minha morte, chama-me.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="ejakb-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ejakb-0-0">
<span data-offset-key="ejakb-0-0"><span data-text="true">E leva-me a Ti,</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="3h7b6-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3h7b6-0-0">
<span data-offset-key="3h7b6-0-0"><span data-text="true">Para com teus santos louvar-te.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="ceq8a-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ceq8a-0-0">
<span data-offset-key="ceq8a-0-0"><span data-text="true">Pelos séculos dos séculos.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="741fg" data-offset-key="5sdq7-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5sdq7-0-0">
<span data-offset-key="5sdq7-0-0"><span data-text="true">Amém.</span></span></div>
</div>
</div>
Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-80195014940882078932017-12-22T23:06:00.000-02:002017-12-22T23:06:02.269-02:00O cheiro do Natal<span></span><br />
<div data-contents="true">
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="fli1t-0-0">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVn0kHN20qT3oYTkmGIozCacQ3cE7vj92d0y4xZ7c4cgwPuZTuiYybhU5M8VGgBMDA1FDKrtESum0AMoyhgj7YNhYf5sFr3xcqSWaQYv5aw0mgNs6mvOBfbw9J7HEXOSIq3571KEmpSE0/s1600/51q52R7HfgL._SL500_AC_SS350_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVn0kHN20qT3oYTkmGIozCacQ3cE7vj92d0y4xZ7c4cgwPuZTuiYybhU5M8VGgBMDA1FDKrtESum0AMoyhgj7YNhYf5sFr3xcqSWaQYv5aw0mgNs6mvOBfbw9J7HEXOSIq3571KEmpSE0/s1600/51q52R7HfgL._SL500_AC_SS350_.jpg" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fli1t-0-0">
<span data-offset-key="fli1t-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="8v45v-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8v45v-0-0">
<span data-offset-key="8v45v-0-0"><span data-text="true">No dia 17 aconteceu a Cantata de Natal na Igreja Reformada que pastoreio aqui em Itararé. Como sempre, momentos como estes são uma oportunidade de reviver a mensagem do amor de Deus, que veio ao mundo de forma tão humilde e singela. Assim como no primeiro Natal estiveram os humildes pastores das campinas de Belém, aqui também não faltaram as crianças da vila. Como acontece em todos os encontros do povo de Deus, também estiveram conosco a mesma multidão dos exércitos celestiais e também o Deus Menino.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="9hte1-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9hte1-0-0">
<span data-offset-key="9hte1-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="f1lnd-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f1lnd-0-0">
<span data-offset-key="f1lnd-0-0"><span data-text="true">Também tinha um presépio especial feito pelo nosso paroquiano Robert J. Blümel. O presépio reflete o amor que o Robert tem pela igreja e seu Senhor. O pai dele, Martin Johannes Blümel, foi pastor na Comunidade do Redentor (um belo templo de estilo gótico de 1894, próximo ao centro histórico de Curitiba) e na Comunidade Melanchton, no bairro Boqueirão (também em Curitiba), entre as décadas de 60 e 70. A dedicação que Robert tem pela igreja vem de berço. Quando ele me perguntou: “Tem que ser bem rústico?”, não imaginei que ele faria um belo e rústico presépio como nos tempos de Jesus, com cheirinho de manjedoura. Ele utilizou madeiras velhas que já haviam sido usadas num chiqueiro. Nada melhor que aquele cheiro para captar a realidade do Natal!</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="7e5sf-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7e5sf-0-0">
<span data-offset-key="7e5sf-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="e9iiu-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="e9iiu-0-0">
<span data-offset-key="e9iiu-0-0"><span data-text="true">O ambiente em que o Filho da glória nasceu era um estábulo, muito provavelmente sujo e malcheiroso, cheio de animais e esterco. Hoje o nosso Natal tem cheiro de bolacha pintada, cheiro de panettone de chocolate ou frutas cristalizadas e tantas outras guloseimas. Claro que preferimos esses odores agradáveis ao cheiro de estrume. Mas, para compreendermos de verdade o sentido e a realidade do Natal, precisamos sentir o cheiro do estábulo. É necessário encarar a realidade imunda e dolorida em que nossa existência está mergulhada. Deus veio ao mundo sentir esse cheiro quando tomou a forma humana no ventre de Maria. </span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="f61e9-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f61e9-0-0">
<span data-offset-key="f61e9-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="a8i0h-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a8i0h-0-0">
<span data-offset-key="a8i0h-0-0"><span data-text="true">Natal é Deus entrando na realidade desprezível e tenebrosa de nossa vida, em que até nossos atos de justiça são comparados ao trapo imundo (Is 64.6). Como escreveu Lutero, Deus poderia muito bem ter encontrado uma rica, distinta, nobre, poderosa rainha, filha de príncipe ou grande senhor, poderia muito bem ter escolhido a filha de Anás ou Caifás, que eram os chefes da nação, mas voltou seus olhos bondosos para uma moça pobre, desprezada e simples para se humanar. E tudo isso para que ninguém se glorie na presença de Deus, dizendo que merece alguma coisa. </span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="54s88-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="54s88-0-0">
<span data-offset-key="54s88-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="3s9t7-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3s9t7-0-0">
<span data-offset-key="3s9t7-0-0"><span data-text="true">Jesus não se recusou a sentir o cheiro de nossa existência ao ser colocado no coxo que alimenta animais em seu nascimento. Jesus sentiu o cheiro do suor no labor da carpintaria. Jesus sentiu o cheiro de nossa morte ao adentrar o túmulo de seu amigo Lázaro. Jesus sentiu o cheiro de nossas enfermidades ao acolher os doentes. Jesus sentiu o cheiro de sepulcro caiado nas lideranças religiosas. Jesus sentiu também o cheiro podre e fétido de nosso sistema quando esteve diante da liderança política e judiciária. Tudo isso é nosso odor que cheira mal, gera sofrimentos e injustiças.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="bof1l-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bof1l-0-0">
<span data-offset-key="bof1l-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="pp70-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="pp70-0-0">
<span data-offset-key="pp70-0-0"><span data-text="true">Nós tornamos o Natal tão limpo e cheiroso que corremos o risco de esquecer que Deus amou o mundo de tal maneira (Jo 3.16) a ponto de vir ao encontro de um povo que vivia nas trevas (Mt 4.16), entrar em contato com nossa existência obscura e enfrentar as trevas da morte (Lc 23.44). Ele trocou o cheiro de glória pelo cheiro de manjedoura e cruz para que até aquele cantinho mais escuro e malcheiroso de nossa vida que queremos esconder, possa ser iluminado e perfumado pelo Emanuel. No Natal Deus assumiu nossa imundície e sujeira para sermos o bom perfume de Cristo (2Co 2.15).</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="4lop2-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4lop2-0-0">
<span data-offset-key="4lop2-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="e5qco-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="e5qco-0-0">
<span data-offset-key="e5qco-0-0"><span data-text="true">Obrigado, Robert, por me fazer lembrar do verdadeiro cheiro do Natal!</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="2qhsb-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2qhsb-0-0">
<i><span data-offset-key="2qhsb-0-0"><br data-text="true" /></span></i></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="afpbi" data-offset-key="7bq2c-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7bq2c-0-0">
<i><span data-offset-key="7bq2c-0-0"><span data-text="true">Publicado no Jornal O Guarani, nº 2533 – 22 a 31/12/2017 (Itararé, SP)</span></span></i></div>
</div>
</div>
Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-8185428185823663262017-12-21T22:18:00.000-02:002017-12-21T22:18:12.061-02:00Natividade de John Donne<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinAFyRcfyHKhACGozn8HJYhstVWR28QX4Y98R9-UIsVOFqmrhiksFwYyP-4JZgIJsVcCqAHeHD3JYvSLDSIPWN5axo3Ia3xL9M7GNiyCuCCBluoqkz_duVZES7ZfrX_YuSj5Hyb5ZiY20/s1600/Fresco+of+Nativity+scene+by+Josef+Kastner+-+Erloserkirche+church..png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="501" data-original-width="1199" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinAFyRcfyHKhACGozn8HJYhstVWR28QX4Y98R9-UIsVOFqmrhiksFwYyP-4JZgIJsVcCqAHeHD3JYvSLDSIPWN5axo3Ia3xL9M7GNiyCuCCBluoqkz_duVZES7ZfrX_YuSj5Hyb5ZiY20/s400/Fresco+of+Nativity+scene+by+Josef+Kastner+-+Erloserkirche+church..png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cena da Natividade, por Joseph Kastner (1844 - 1923), na Igreja do Redentor (Erlöserkirche), em Viena (Áustria)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b>NATIVIDADE | <i>John Donne</i></b><i><br /></i><br /><b>Tradução de Lawrence Flores e Marcus de Martini:</b><br /><br /><i>A imensidade toda em teu ventre divino</i><br />Abandona já o amado confinamento,<br />Ali, a fim de ser possível seu intento,<br />Surge neste mundo frágil e franzino.<br />Mas, onde o pouso para ti e teu menino?<br />Deita-o na manjedoura, pois do Oriente vasto<br />Sábios e estrelas virão para que o nefasto<br />Se detenha, o ciúme de Herodes assassino.<br />Vês, minha alma, c’os olhos da fé, como dorme<br />O que tudo preenche, mas ninguém segura?<br />Não é a piedade Dele tão enorme,<br />Para te apiedares na mesma altura?<br />Beija-o e até o Egito siga trilha adentro,<br /><i>Com Sua mãe, que partilha teu sofrimento.</i><br /><br />FLORES, Lawrence; MARTINI, Marcus de. Traduzindo <i>La Corona</i>, de John Donne. <i>Revista Letras</i>, São Paulo, v.49, n.1, p.29-46, jan./jun. 2009. Disponível em: http://seer.fclar.unesp.br/letras/article/view/1747. Acesso em: 21.dez.2017.<br /><br /><b>Tradução de Afonso Félix de Sousa:</b><br /><br /><i>A imensidade toda no ventre abençoado,</i><br />Agora deixa o ventre, bem amada clausura<br />Onde, por seu querer, se fez uma criatura<br />Fragílima, e eis no mundo nosso Deus encarnado.<br />Mas, oh! Para ti, e ele, não há no albergue um pouso?<br />Na manjedoura estava, e vindo do Oriente,<br />Estrela e Magos põem a família ao corrente<br />Do decreto de Herodes, general invejoso.<br />Minha alma, que teus olhos de fé por ele passes:<br />Ele enche o espaço todo, e não tem um abrigo?<br />Não era alta piedade dele para contigo<br />Que lhe fosse preciso que dele te apiedasses?<br />Beija-o, e com ele foge para o Egito, vai, parte<br /><i>Com sua doce mãe, que a imensa dor reparte.</i><br /><br />DONNE, John. <i>Sonetos de meditação</i>. Edição bilíngue. Tradução de Afonso Félix de Sousa. Rio de Janeiro: Philobiblion, 1985. p. 23.<br /><br /><b>NATIVITY | <i>John Donne</i></b><br />
<br /><i>Immensity, cloister’d in thy dear womb,</i> <br />Now leaves His well-beloved imprisonment. <br />There he hath made himself to his intent <br />Weak enough, now into our world to come. <br />But O! for thee, for Him, hath th’ inn no room ?<br />Yet lay Him in this stall, and from th’ orient,<br />Stars, and wise men will travel to prevent <br />The eff ects of Herod’s jealous general doom.<br />See’st thou, my soul, with thy faith’s eye, how He<br />Which fi lls all place, yet none holds Him, doth lie?<br />Was not His pity towards thee wondrous high,<br />That would have need to be pitied by thee? <br />Kiss Him, and with Him into Egypt go,<br /><i>With His kind mother, who partakes thy woe. </i>Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-17014384226625460862017-09-30T21:01:00.001-03:002017-09-30T21:03:40.699-03:00Werkelijk vrij: een boodschap die "viraal" ging.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLjc46kjh2cmDLs66xUmK6KqxnNXr6MP0Ln9GKPJ0bX3QcIFfxgd-W1zWsexjvuggFTppmQpPTXks8bOtYhmea1cuiPbujg0K5i3RSO1UZpTOR2yZaAhO3-lRC758JC9igXxe0Ghp9Vgo/s1600/luther_social_media.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="508" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLjc46kjh2cmDLs66xUmK6KqxnNXr6MP0Ln9GKPJ0bX3QcIFfxgd-W1zWsexjvuggFTppmQpPTXks8bOtYhmea1cuiPbujg0K5i3RSO1UZpTOR2yZaAhO3-lRC758JC9igXxe0Ghp9Vgo/s320/luther_social_media.jpg" width="270" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>MEDITATIE | OCTOBER 2017</i></div>
<br />
<br />
In de maand oktober herdenken we 500 jaar Protestantse Hervorming. Er zijn al veel feestelijkheden en activiteiten gaande op verschillende locaties en ook op de sociale media. Men verwacht dat deze herdenking viraal zal gaan op het internet. Iets gaat viraal, wanneer het zich erg verspreidt via de sociale media en heel populair wordt. U vergist zich als u denkt dat dit fenomeen bestaat sinds de komst van het internet.<br />
<br />
Volgens het tijdschrift "The Economist" van december 2011 maakten de sociale media vijf eeuwen vóór Facebook de beweging van de Hervorming al populair. Een 'post' van Luther op de deur van de kerk van Wittenberg op 31 oktober 1517 veroorzaakte een ongeziene golf van reacties, zodanig dat binnen vier weken de hele christelijke wereld er kennis van had genomen. Net zoals tegenwoordig met 'likes' en 'retweets' was in de zestiende eeuw het aantal herdrukken een indicatie van de populariteit van een tekst. De pamfletten van Luther werden zo vaak gekopieerd dat dat uiteindelijk verboden werd. Maar toen was het al te laat, want de 'posts' van Luther waren de grens van Duitsland al over en niet meer te controleren. Om het in moderne taal te zeggen: de boodschap van Luther was viraal gegaan.<br />
<br />
Als we het slechts van deze kant bekijken, zouden we zeggen dat Luther geluk had gehad met een sociale beweging, die zijn 'posts' viraal liet gaan en die hem binnen een paar weken duizenden 'volgers' bezorgde. Maar als we het van de andere kant bekijken, de kant waar God leiding heeft over de gebeurtenissen, God, wiens woord "<i>niet ledig tot Hem wederkeert en doet wat Hem behaagt</i>"(Jes.55-11), dan zien we het werk van de Heilige Geest in al deze omstandigheden. De boodschap van Luther ging tenslotte viraal, omdat die iets heel waardevols bevatte en iets nieuws onthulde dat verborgen was in de zwakheden van de toenmalige kerk en maatschappij.<br />
<br />
De boodschap dat Christus ons heeft vrijgemaakt, opdat wij werkelijk vrij zouden zijn (Gal. 5-1), was nog niet zo duidelijk in de zestiende eeuw. De weg tot bevrijding van de zonde ging destijds via bedevaartstochten, relikwieën, aflaatbrieven en dergelijke. Zelfs tegenwoordig zijn veel mensen ertoe geneigd te denken dat bepaalde opofferingen, financiële bijdragen en liefdadigheid hen bij God in een goed blaadje doen komen.<br />
<br />
Om die reden vieren we deze maand, 500 jaar sinds de Hervorming, dat God zijn kerk gezegend heeft door middel van zijn dienstknecht Luther, die ons herinnerde aan onze bevrijding van de Wet door het Evangelie van Jezus Christus. Luther en zijn medestanders begrepen uit de Schriften dat, als wij, zondaars, op eigen kracht en met goede werken onze redding zouden moeten verdienen, we hopeloos verloren zouden zijn. Maar, door het werk van de Heilige Geest, herontdekten de hervormers ook het evangelie: de geweldige boodschap dat Jezus Christus geleefd heeft, gestorven is en opgestaan is om ons te verlossen en te rechtvaardigen en om ons leven in overvloed te geven.<br />
<br />
We ontvangen dit met blijdschap: de Zoon maakt me vrij! Jezus Christus heeft de slavernij van de Wet op zich genomen en stierf voor de zonde van de wereld. God verklaart de wereld gerechtvaardigd door Jezus. "<i>Wanneer dan de Zoon u vrijgemaakt heeft, zult gij werkelijk vrij zijn.</i>" (Joh.8:36). Toen Luther deze vrijheid ontdekte door het geloof in Christus, schreef hij dat de poorten van het paradijs zich voor hem openden. Die staan ook voor ons open. Laten we daarom blij zijn met deze overgang van de slavernij naar de vrijheid. Laten we blij zijn dat we echt deze vrijheid mogen genieten. We bidden dat God ons vast zal houden, trouw aan het evangelie. Dat hij ons zal helpen dat met blijdschap uit te dragen, zodat het viraal gaat in deze wereld, die zó het leven en de vrijheid in Jezus mist.<br />
<br />
<i>predikant Josemar da Silva Alves Bonho</i><br />
<i>Evangelisch Gereformeerde Kerk van Brazilië in Itararé </i>Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-57290174407967726212017-09-23T00:12:00.001-03:002017-09-23T00:40:43.928-03:00É Primavera!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRo7CGrY4URDqxtcNW7kANPV60rska3oTfwMTOwwFQb95MoHv-FLgJ_osZV9TxAnZekcUV_skKQagqpRh4PXtYjp_9QLlJ9esxp98Q6aaUMcJA1gNi9tJm1OlvlPIlcWPPC9T8ju6juOg/s1600/ipeamarelo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="956" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRo7CGrY4URDqxtcNW7kANPV60rska3oTfwMTOwwFQb95MoHv-FLgJ_osZV9TxAnZekcUV_skKQagqpRh4PXtYjp_9QLlJ9esxp98Q6aaUMcJA1gNi9tJm1OlvlPIlcWPPC9T8ju6juOg/s400/ipeamarelo.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<b><i>Todo ano ela vem e volta no ano que vem<br />Vem pra plantar, enfeitar a floresta<br />E toda a natureza entra em festa<br />Passarinhos e abelhinhas<br />Joaninhas e florzinhas perfumadas<br />As crianças nas escolas<br />Comemoram sua chegada</i></b><br />
<br />
Essa é a primeira estrofe da música infantil “Vai e Vem das Estações” dos músicos Paulo Tatit e Sandra Peres (Palavra Cantada), com a participação de Mônica Salmaso e Arnaldo Antunes. É uma bonita descrição da alegria e vitalidade que é a chegada da primavera - a estação das flores, dos aromas e do renascimento da natureza. A estação começa nesta sexta-feira, dia 22, mas uma das minhas flores prediletas, a do ipê amarelo, já estão cobrindo as copas e o solo com sua beleza.<br />
<br />
Tem uma história curiosa de ipê amarelo que aconteceu a quase 30 anos em Porto Velho, capital de Rondônia. A companhia de eletricidade instalou um poste de energia elétrica feito do tronco do ipê amarelo, mas depois de um tempo aquele tronco criou raízes, brotou e voltou a florescer na primavera. Voltou a ser um lindo ipê florido mesmo após ter sido cortado, serrado e transformado num poste. Diante do inusitado, as autoridades ambientais tomaram a providência de colocar um poste de concreto ao lado e preservar o ipê amarelo, que ainda hoje permanece uma testemunha altiva do poder regenerador da natureza no entroncamento da Av. Jatuarana com a Rua Cravo da Índia, no bairro Cohab Floresta daquela capital.<br />
<br />
Essa história é uma lição sobre resistência. Assim como o ipê dessa história, nós também passamos por muitas situações na vida que querem nos transformar em postes. Isso acontece quando os problemas nos paralisam ou quando somos submetidos a uma situação ou condição indesejável. Mas Deus nos deu a capacidade de resistir, de florescer e reviver. A ciência chama essa capacidade de resiliência, pois permite enfrentarmos as adversidades sem perder o sentido da vida.<br />
<br />
Noto em algumas palavras do apóstolo São Paulo essa característica, especialmente quando ele escreve: “Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4.12,13)<br />
<br />
Louvado seja Deus pela primavera que traz a beleza das flores e também nos fortalece e nos faz florescer na prática do bem, espalhando o bom perfume de Cristo num mundo onde tantos infortúnios querem nos imobilizar.<br />
<br />
<i>Publicado no Jornal O Guarani, nº 2521 – 22 a 28/09/2017 (Itararé, SP)</i>Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-30281158185758728052017-08-11T14:54:00.002-03:002017-08-11T14:54:49.995-03:00Ser pai é estar no céu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgns3LAfa_qoiQXdWHE2CZPAh0fxoQXZqQMzWyGK-ELT2UmLMcB3JuXIckdgiou4oM-gIWX32Cghtyuj-KRm1sGW6VjRk9heHSsWRYw_eWQTUL-ImEz5zlFlieguVK4fIdSjGSrYe1cKxo/s1600/christian-fathers-day-gifts.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="293" data-original-width="410" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgns3LAfa_qoiQXdWHE2CZPAh0fxoQXZqQMzWyGK-ELT2UmLMcB3JuXIckdgiou4oM-gIWX32Cghtyuj-KRm1sGW6VjRk9heHSsWRYw_eWQTUL-ImEz5zlFlieguVK4fIdSjGSrYe1cKxo/s400/christian-fathers-day-gifts.jpg" width="400" /></a></div>
<br /><i><b>“Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá” (Salmo 127.3)</b></i><br /><br />O Ano Novo de 2017 foi simultaneamente alegre e triste para um pai chamado Lamar Austin, nos Estados Unidos. Alegre, porque ele e sua esposa Lindsay tiveram o primeiro bebê do ano na cidade de Concord, capital do estado de New Hampshire. Triste, porque ele foi demitido do emprego porque faltou ao trabalho para levar sua esposa à maternidade e acompanhar o nascimento de seu filho Cainan. Acontece que o Estado em que Lamar vive adota uma lei trabalhista do tipo “emprego a critério” (employment at-will), onde o funcionário pode ser demitido sem justa causa a qualquer momento e por qualquer motivo. Esta é a história de um pai que diante de uma difícil decisão escolheu seguir o seu coração e priorizar a paternidade.<br /><br />E por falar em prioridade, uma lição a esse respeito foi ensinada pelo treinador de um time de basquete da Lituânia. Em maio deste ano, Sarunas Jasikevicius, que treina o Zalgiris Kaunas, liberou o jogador Augusto Lima de uma partida decisiva para acompanhar o nascimento de sua filha. Ao ser questionado por um jornalista sobre a ausência do jogador, o técnico respondeu: “Você tem filhos? Quando você tiver vai entender. Porque esse é o auge da experiência humana. Você acha que o basquete é a coisa mais importante da vida? ... Quando você tiver seu primeiro filho você vai entender o que é a coisa mais importante nessa vida. Então você vem falar comigo. Nada pode ser mais majestoso nesse mundo do que o nascimento de uma criança. Acredite em mim. Nem títulos, nem nada mais. Augusto Lima está no céu emocionalmente agora, e estou muito feliz por ele.”<br /><br />Realmente, ser pai é estar no céu. O teólogo Martinho Lutero escreveu que “os pais podem ganhar o céu através dos próprios filhos, mesmo que não façam outra coisa além de serem pais”. Por outro lado, a paternidade traz consigo também a insegurança e muitos pais se sentem culpados por não terem feito o suficiente por seus filhos. Se você se sente assim, tente imaginar como se sentiu um humilde carpinteiro ao criar Aquele que é o Verbo criador e ao orientar Aquele que é o Caminho e a Verdade. Mesmo hesitando e sentindo-se incapaz diante de grandiosa tarefa, ele assumiu tão nobre vocação. José protegeu o menino Jesus, levou-o ao templo. Entre um e outro trabalho da oficina de carpintaria, José talvez tenha recitado algumas passagens das Sagradas Escrituras ao seu filho. Deus deu a um homem comum de Nazaré a responsabilidade única de criar e educar Nosso Senhor e ele fez o melhor que pôde com os dons que Deus lhe deu. O resultado era que “Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2.52)<br /><br />Ser pai é uma responsabilidade e um dom precioso que Deus continua presenteando a homens de hoje. Em 1519, Lutero ele escreveu esta consoladora mensagem: “Os pais não fazem melhor obra e nada mais valioso para Deus, para a cristandade, para todo o mundo, para si e para os seus filhos do que criar bem os seus filhos. Educar seus filhos de forma adequada é o caminho mais curto para o céu” (<i>Sermão acerca do estado do matrimônio</i>).<br /><br />Lembre-se que o nosso Pai que está no céu ajuda todos os pais aqui na terra a quem Ele confiou vidas preciosas. Neste Dia dos Pais dedique uma oração ao Pai Celestial, agradecendo-o por todas as bênçãos e pedindo o que você precisar para ser melhor pai em qualquer circunstância. Ele lhe dará o melhor.<br /><br /><i>Publicado no Jornal O Guarani, nº 2517 – 11 a 17/08/2017 (Itararé, SP)</i><br />Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-7613519880832170122017-08-11T13:15:00.001-03:002017-08-11T22:14:23.029-03:00"Jesus anda sobre o mar" por Anne de Vries<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBFYGmcB1SaBjgCgkBTczNtkxQaaiOYCDtO-dCyaSaw-m_87KGvpTfkQGWewVfLTX4kHVtei-70Grt_c-rSWqGeXFDpGXnCYlrFhPV2qgc-tm6OpH-v9AY3ygPvP7vvfT_61gOlr6C-PE/s1600/bibliaparacriancas_christinabalit.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="514" data-original-width="710" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBFYGmcB1SaBjgCgkBTczNtkxQaaiOYCDtO-dCyaSaw-m_87KGvpTfkQGWewVfLTX4kHVtei-70Grt_c-rSWqGeXFDpGXnCYlrFhPV2qgc-tm6OpH-v9AY3ygPvP7vvfT_61gOlr6C-PE/s400/bibliaparacriancas_christinabalit.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Ilustração de Christina Balit (Rock, Lois. Bíblia para crianças: histórias sempre vivas. Sinodal, 2002. p. 11)</i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
O Evangelho proposto para este 10º Domingo após Pentecostes é Mateus 14.22-33. Uma reinterpretação maravilhosa dessa narrativa, tanto para crianças e adultos, encontramos em <b>O Grande Livro das Narrações Bíblicas, Novo Testamento</b> (pág. 96-98), de autoria de <b>Anne de Vries</b>, reeditado em 2016 pelo Sínodo das Igrejas Evangélicas Reformadas no Brasil.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWOTKjWjMz8nSIZU9wVLJQFzQ_s6SEiA4q6Irqp-hhk5eq7GV8-YkiBoiU0j02rOOiczbtTdCYuh32Ds3i9txeg76cE5TuJ2CUYv-kiXCtuaBXMCeb6deifa1qen0MmnHXXnG3EdfssFc/s1600/anne_de_vries_.gif" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="333" data-original-width="250" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWOTKjWjMz8nSIZU9wVLJQFzQ_s6SEiA4q6Irqp-hhk5eq7GV8-YkiBoiU0j02rOOiczbtTdCYuh32Ds3i9txeg76cE5TuJ2CUYv-kiXCtuaBXMCeb6deifa1qen0MmnHXXnG3EdfssFc/s200/anne_de_vries_.gif" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne de Vries</td></tr>
</tbody></table>
<b>Anne de Vries</b> (1904 – 1964) foi um professor e autor
holandês muito popular em meados dos anos 1900. Isso mesmo, Anne é um homem. Anne costumava ser um nome epiceno,usado para ambos os sexos.
De Vries escreveu com muita habilidade e reverência centenas de
histórias bíblicas reunidas no Grande Livro das Narrações Bíblicas, um
dos seus maiores projetos. Enquanto a maioria dos autores simplifica e
trivializa a história bíblica para crianças, De Vries expande a
narrativa bíblica, expressando emoções implícitas na narrativa,
acrescentando detalhes e diálogos. De Vries não ignorou episódios
complicados e delicados, mas recontou-os de uma maneira adequada para
crianças. Como um professor experiente, De Vries procurou dar
explicações que qualquer criança poderia pedir.<b> </b><br />
<br />
<b>Eis o texto: </b><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>JESUS ANDA SOBRE O MAR</b></span></div>
<br />
O sol tinha se posto. A noite caíra. As trevas estendiam-se sobre a terra. Na encosta escura de uma montanha do lado oriental do mar da Galileia, estava um vulto, imóvel. Um homem solitário, entre as rochas, ajoelhado. Era Jesus. Estava orando. As estrelas brilhavam sobre Ele e se refletiam no mar escuro. As horas passavam. Ele, porém, parecia não reparar no tempo.<br />
<br />
E, de repente, começou um vendaval sobre a terra. O vento aumentava cada vez mais, soprando das montanhas para o mar da Galileia. Empurrava as ondas, até elas ficarem como montanhas de água com cumes de espuma. Era um temporal. Mas Jesus, lá na encosta da montanha, parecia não notar. Quando ele orava, estava muito perto do Pai; então era como se Sua alma tivesse recolhido ao céu.<br />
<br />
Mas, finalmente Ele se levantou, fortalecido e reanimado. Andava na tempestade que surgia, em densas trevas, e via tudo ao redor. Nada se escondia de Seus olhos. Via o mar e as ondas espumantes, e lá longe, sobre as águas agitadas, no meio do mar, um barquinho. Dentro do barquinho, doze homens se esforçavam a remar contra o vento, lutando para avançar. A escuridão os cobria. Quase não viam um ao outro. Mas para Jesus a noite era clara como o dia, e Ele via até o medo nos olhos deles.<br />
<br />
Desceu da montanha pelo caminho, no escuro, e chegou até à praia. Seus olhos fitavam o barquinho e Seu coração acompanhava os discípulos. Nada O impediria de socorrê-los. Seus pés andaram da praia diretamente para as ondas que ferviam. E elas curvaram-se docilmente a Jesus e se acalmaram, levando-O sobre elas. E, andando sobre as ondas, atravessando a tempestade e a noite, ia Jesus na direção do barco. <br />
<br />
QUANDO os discípulos, por ordem do Mestre, embarcaram na véspera, zarpando contra vontade, tinham se conservado perto da margem, navegando para lá e para cá. Mantinham os olhos fixos na praia, pensando que Jesus ainda iria se juntar a eles. Mas a escuridão tinha chegado, e Ele ainda não viera. O desânimo dos discípulos cresceu mais ainda. Estavam tão bem intencionados com o Mestre e consigo mesmos, querendo preparar um futuro maravilhoso, cheio de glória e fama... Mas Jesus não quis. Será que não tinha confiança neles? E agora, será que até tinha se esquecido deles?<br />
<br />
Era uma noite terrível, muito escura. E, de repente, o vento se levantou, um forte vento contrário que fez as ondas quebrarem com violência contra a proa do barco. Mas eles tinham que atravessar o mar até a outra margem, pois Jesus ordenara que fizessem assim e, mesmo lutando muito contra o vento e as ondas, quase não avançavam. Depois da metade da noite, ainda remando e lutando, só tinham navegado cinco ou seis quilômetros, no meio do mar. E já era madrugada, lá pelas três horas, no início da quarta vigília. Será que nunca alcançariam o outro lado?<br />
<br />
E eles pensaram naquela outra noite, quando também houvera um forte temporal. Então, sim, tinham se preocupado sem motivo. Porque naquela ocasião Jesus estava com eles, dormindo tranquilamente na popa e, quando foi acordado, tinha acalmado com uma única palavra a tormenta e o mar.<br />
Mas agora Ele não estava lá. Parecia que os tinha abandonado, e eles estavam à mercê da violência da tempestade que se precipitava sobre eles. De repente, olhando para o mar, viram um vulto branco que vinha se aproximando do barco sobre as águas escuras. O que seria aquilo? Parecia o vulto de um homem que caminhava sobre as ondas.<br />
<br />
Eles ficaram tão amedrontados que chegaram a gritar de medo. “Um fantasma! E um fantasma!”, exclamaram. Mas uma voz meiga lhes disse: “Animem-se! Sou Eu. Não tenham medo!” E então essa voz, tão boa e tão familiar, imediatamente lhes tirou os temores. “O Mestre!”, balbuciaram. “Lá vem o Mestre!” Deixaram de pensar no vento e nas ondas. Jesus estava junto deles. Ele não os esquecera e vinha em direção deles sobre as águas.<br />
<br />
Quem, a não ser Ele, podia fazer uma coisa dessas? Simão Pedro foi o primeiro a recuperar a fala depois da grande surpresa. E uma imensa alegria, um amor ardente ao Mestre, que não os abandonara, encheu o seu coração. Queria estar mais perto dEle, estava com tantas saudades! Pedro não suportou mais a espera, tinha que ir se encontrar com o Mestre.<br />
<br />
“Mestre!”, gritou, “se é o Senhor mesmo, mande-me ir até aí sobre as águas.” Jesus disse: “Venha!”. Só esta palavra. Mas foi o suficiente para Pedro e para a sua fé que, de repente, tornou-se grande e vigorosa. Sem medo, sem pensar muito, ele saltou do barco, os olhos fixos em Jesus. E firme, sem hesitar, pisou as águas. Elas o carregavam! Jesus era senhor das ondas, e Pedro, por sua fé, era também.<br />
<br />
Só que, de repente, lhe ocorreu a ideia de como era estranho aquilo. Antes não importava, ele só tinha pensado em Jesus. Agora, porém, percebeu o piso escuro e flutuante que tinha debaixo dos pés. Será que iria suportá-lo? Ouvia o vento uivando! Olhava as ondas agitadas! Montanhas de ondas vinham em sua direção, fazendo-o esquecer o Mestre. Agora só via a si mesmo e a água, só via o perigo!<br />
E então, de repente, tão depressa como há pouco sua fé crescera, nasceu nele o medo e começou a afundar. "Senhor, salve-me!", gritou Pedro, estendendo as mãos para Jesus. E sentiu a mão do Mestre, que o segurava, puxando-o para cima, e O ouviu perguntar: "Por que você duvidou, homem de fé pequena?" E de mãos dadas foram até o barco e subiram nele. E o vento se acalmou.<br />
<br />
Os discípulos, ao verem mais este milagre, deitaram-se no chão do barco, aos pés de Jesus, e O adoraram. Então disseram: "Ele é, com certeza, o Filho de Deus!" E, enquanto os primeiros raios da madrugada iam colorindo os picos da serra, chegaram sãos e salvos à margem do mar.<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>JEZUS WANDELT OP DE ZEE</b></span></div>
<br />
DE zon was ondergegaan. De nacht was gekomen. En de duisternis had zich uitgebreid over de aarde.<br />
<br />
Op de donkere helling van een berg aan de Oostzijde van het meer van Galilea lag een eenzame Man geknield tus- sen de rotsen. Het was Jezus. Hij bad. De sterren schitterden boven Hem en spiegelden zich in het donkere meer. De i uren vervlogen, maar Hij scheen het niet te merken.<br />
<br />
Toen stak de wind op en rumoerde over de bergen. Hij nam toe in kracht en stortte zich van boven af op het meer. Hij zweepte de golven op tot bergen van water, met toppen van schuim. Het werd noodweer. Maar Hij, daar op de berghelling, scheen het niet te merken.<br />
<br />
Als Jezus bad, was hij heel dicht bij zijn Vader; dan scheen het, alsof zijn ziel in de hemel was opgenomen.<br />
<br />
Maar eindelijk stond Hij op, versterkt en bemoedigd. Hij stond in een loeiende storm, in een dichte duisternis en zag om zich heen. Voor zijn ogen was niets verborgen. Hij zag de zee en de schuimende golven en ver weg, midden op het meer, een scheepje. In dat scheepje waren twaalf mannen, die zich inspanden om tegen de wind in te roeien, die zich aftobden om voort te komen. De duisternis bedekte hen. Ze konden elkander nauwelijks zien. Maar voor Hem was de nacht licht als de dag en Hij zag zelfs de angst in hun ogen.<br />
<br />
Hij daalde het donkere bergpad af en kwam aan het strand. Zijn ogen waren op het scheepje gericht. Zijn hart was bij zijn discipelen. Wie zou het verhin- deren, als Hij hun te hulp wilde komen? Zijn voeten droegen Hem het strand op, recht op de bruisende golven aan. Die bogen gehoorzaam de schuimende koppen voor hun Heer en Meester; ze wierpen zich voor Hem neer en droegen Hem. Over die golven, door de duistere stormnacht, wandelde Jezus recht op het schip aan.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
TOEN de discipelen de vorige avond op het bevel van hun Meester in het schip waren gegaan en met tegenzin van wal waren gestoken, waren zij dicht bij de kust heen en weer blijven varen, want zij dachten, dat Jezus zich nog bij hen zou voegen. Maar toen het donker was geworden, was Hij nog niet gekomen.<br />
<br />
Hun mismoedigheid werd er nog groter door. Zij hadden het zo goed met hun Meester voor, ze hadden Hem en zichzelf een schitterende toekomst willen bereiden en voor eer en roem willen zorgen. Maar Hij had niet gewild. Vertrouwde Hij hen niet? ... En had Hij hen nu ook nog vergeten ?...<br />
<br />
Duister en ruw was de avond.<br />
<br />
De wind stak plotseling op, een sterke tegenwind, die de golven met kracht uiteen deed spatten tegen de boeg. Maar zij moesten naar de overzijde, want de Meester had het bevolen, en zij spanden al hun krachten in, maar kwamen slecht vooruit. Na meer dan een halve nacht van roeien en zwoegen, waren zij nog maar vijf of zes kilometer verder gekomen. Om een uur of drie in de nacht, bij het begin van de vierde nachtwake, waren zij nog midden op zee. Zouden ze wel ooit hun doel bereiken? ... Ze dachten aan die vorige nacht, toen het óók zo erg was met de storm. Toen hadden ze zich bang gemaakt voor niets. Want toen was Jezus bij hen, Hij lag rustig te slapen in het achterschip en toen ze Hem wekten, had Hij met een enkel machtig woord de wind en de zee gekalmeerd. Maar nu was zijn plaats leeg. Nu had Hij<br />
<br />
hen alleen gelaten en waren ze overgeleverd aan het geweld van de storm, aan de boze duistere machten, die tegen hen woedden .. .<br />
<br />
En zie, wat was dat? Een witte gedaante, die over het donkere water het schip voorbij zweefde? Een mannengestalte, die wandelde op de golven?<br />
<br />
Ze schrokken vreselijk en schreeuwden het uit.<br />
<br />
„Een spook! ... Het is een spook!"<br />
<br />
Maar een vriendelijke stem riep: „Houdt moed, Ik ben het, weest niet bevreesd!"<br />
<br />
Die goede bekende stem stilde in een ogenblik hun angst.<br />
<br />
„De Meester!" stamelden ze. „De Meester is daar!" ... Ze dachten aan geen wind en geen golven meer. De Meester was bij hen! Had hij hen toch niet vergeten? Kwam Hij nu dwars over het water naar hen toe? Wie was Hij dan, dat Hem dat mogelijk was ?...<br />
<br />
Simon Petrus was de eerste, die spreken kon na die grote verbazing. Een juichende vreugde steeg in hem op, een vurige liefde voor de Meester, die hen niet alleen gelaten had. Hij wilde bij Hem zijn, hij had zo naar Hem verlangd! Petrus kon niet langer wachten, hij moest naar zijn Meester toe.<br />
„Here," riep hij, „als Gij het zijt, beveel mij dan tot U te komen over het water ..."<br />
<br />
Jezus zei: „Kom!"<br />
<br />
Eén woord was het slechts. Maar voor Petrus' geloof, dat plotseling groot en sterk in hem opstond, was het genoeg. Zonder vrees, zonder nadenken, klom hij over boord, de schitterende ogen op Jezus gericht. Vast en zonder aarzelen zette hij zijn eerste stappen op het water. Het water droeg hem! Jezus was Heer over de golven. Petrus, door zijn geloof in Hem, was het ook.<br />
<br />
Het drong ineens tot hem door, hoe wonderlijk dat eigenlijk was. Hij had er eerst niet aan gedacht, hij had alleen aan Jezus gedacht. Nu keek hij verbaasd omlaag naar die zwarte levende vloer onder zijn voeten. Droeg die hem werkelijk? .. . Hoor, hoe de wind waaide! Zie, hoe hij de golven opzweepte! Bergen van water rolden op Petrus aan. Petrus vergat er de Meester door. Hij zag nu alleen zichzelf en het water, hij zag alleen het gevaar.<br />
<br />
En plotseling, even snel als straks zijn geloof, steeg nu de angst in hem op en ineens zonk hij weg in de diepte.<br />
<br />
„Here, red mij!" schreeuwde Petrus en strekte zijn handen naar Jezus uit.<br />
<br />
Toen voelde hij ook reeds de hand van de Meester, die hem aangreep en optrok en hij hoorde Hem vragen: „Kleingelovige, waarom zijt gij gaan twijfelen?"<br />
<br />
Ze liepen hand aan hand naar het schip en klommen er in. De wind ging liggen. De zee werd vlak als een spiegel.<br />
<br />
Toen de discipelen dit nieuwe wonder zagen, wierpen ze zich voor Jezus neer en stamelden: „Waarlijk, Gij zijt Gods Zoon!"<br />
<br />
En terwijl de eerste glans van het morgenrood de toppen der bergen kleurde, meerden zij veilig hun schip aan de oever.<br />
<br />
<i><br />Anne de Vries. <b>Groot vertelboek voor de bijbelse geschiedenis. II. Hiet Nieuwe Testament</b>. J. H. Kok n.v. Kampen. 1954. p. 94-96.</i>Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-29253466419844526712017-07-28T13:58:00.000-03:002017-08-11T13:58:35.768-03:00Avós são pais com açúcar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ8Km5hdLAaMZl7OI3cVYOuNtmB6tAFQg78iEmUGv6mInYzH5c0R0B8WQXLXpHVW0I3S9LcK08JaOEdsKMDMPiBGu5GVMhNn0CRBrtZ3hb2kI8gzvVTGwplhbqunV-rNutywwSyrwqjro/s1600/timoteo_mae_avo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="335" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ8Km5hdLAaMZl7OI3cVYOuNtmB6tAFQg78iEmUGv6mInYzH5c0R0B8WQXLXpHVW0I3S9LcK08JaOEdsKMDMPiBGu5GVMhNn0CRBrtZ3hb2kI8gzvVTGwplhbqunV-rNutywwSyrwqjro/s400/timoteo_mae_avo.jpg" width="335" /></a></div>
<br /><br /><i><b>“Os netos são a coroa dos idosos; o orgulho dos filhos são os seus pais.” (Provérbios 17.6)</b></i><br /><br />Em 1990 a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o dia 1º de outubro como o Dia Internacional do Idoso. No Japão, onde a velhice é sinônimo de sabedoria e respeito, a 3ª segunda-feira do mês de setembro é um feriado nacional em que se comemora o Dia do Respeito ao Idoso. Os mais jovens deveriam sempre levar em consideração os sábios e experientes conselhos dos mais velhos. Muitos tiveram ou ainda têm na pessoa dos avós a personificação desta sabedoria.<br /><br />No último dia 26 de julho comemoramos o Dia dos Avós. Quase sempre retratados como velhinhos de cabelos brancos em cadeiras de balanço, os avós de hoje já não se enquadram mais numa faixa etária específica. Isso se soma a uma transformação que vem ocorrendo no perfil das famílias. A expectativa de vida aumentou. Os casais têm filhos muito cedo, quando ainda estão estudando ou galgando na carreira profissional. As mães também estão trabalhando fora de casa. Ambos, pais e mães, vivem uma vida corrida. Muitos são avós quando ainda não alcançaram os 60 anos e os avós que já são idosos ainda estão com muito “pique”, saúde e disposição quando os chegam os netos. Por estas ou outras circunstâncias, os avós são os principais adultos que cuidam das crianças pequenas em muitas famílias.<br /><br />Os avós são aquelas pessoas especiais na vida de todos nós. São pais com açúcar, como se diz por aí. Eles desfrutam de um afeto peculiar dos netos por suas atitudes acolhedoras, por vezes mais permissivas que a dos pais. Aliás, a queixa de muitos pais é que os avós “estragam” seus filhos. No Dia dos Avós, o historiador Leandro Karnal escrevia em sua coluna no Estadão: “A casa dos pais é a casa dos legumes e dos sucos. A dos avós é a casa do sorvete e do chocolate. Os pais moram em um país definido com leis; os avós mudaram-se para uma ilha tropical e sem governo. Os pais admoestam, instruem, instam e vociferam. Os avós acatam e não cumprem; fazem ouvidos de mercador”. É bem assim que funciona! O saudoso médico e educador Içami Tiba dizia que os pais são os que respondem pelo futuro dos filhos, por isso devem colocar como prioridade a educação ao invés da diversão, ao passo que avós que já educaram seus filhos agora podem privilegiar o convívio e a diversão com os netos. Se os pais ensinarem, os filhos vão saber a diferença entre a casa dos avós e a casa dos pais e, acima de tudo, que não se pode fazer tudo o que quer em todos os lugares.<br /><br />Além deste suporte afetivo na criação dos filhos de seus filhos, os avós também têm uma relevância muito grande na educação cristã de seus netos. A oração que os avós ensinaram, a historinha bíblica que eles contaram e a confiança dos avós fizeram muitas crianças chegarem a fé e conhecimento de Deus. Vemos um exemplo disso nas Sagradas Escrituras, quando São Paulo elogia o jovem Timóteo pela sua fé, herdada de sua mãe Eunice e sua avó Loide. O apóstolo reconhece que a fé de Timóteo vem de berço: “desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus” (2 Tm 3.15). Valerius Herberger, um teólogo do século 16, escreveu que “Timóteo aprendeu o catecismo de sua avó”. Para aqueles que são avós é um privilégio exercitar com seus netos a vocação de maternidade e paternidade na fé que uma vez exercitaram com seus próprios filhos, assim como é uma bênção divina ter a alegria de conviver com os netos (Sl 128.5-6). <br /><br />Que Deus abençoe todos os queridos avós!<br /><br /><i>Publicado no Jornal O Guarani, nº 2516 – 04 a 10/08/2017 (Itararé, SP)</i><br />Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-54748304177731552212017-07-21T18:00:00.000-03:002017-08-11T13:49:24.271-03:00Mãos frias, coração quente, amor ardente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSLt3pPxh1SzzL9z0XzPCJcTro_M2BvHlw51FJf0MvgCY6kgpRcO_nGeFhdk5d3-5emEjLnw-oyFbVt25Xi85sJWEMXnexyF6ijgcx2HL0RNTwoIP4YCwdEM0leiPF0fpB0PleGv20kEQ/s1600/Heart_Hands_Glove_Red_510630_1680x1050.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1600" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSLt3pPxh1SzzL9z0XzPCJcTro_M2BvHlw51FJf0MvgCY6kgpRcO_nGeFhdk5d3-5emEjLnw-oyFbVt25Xi85sJWEMXnexyF6ijgcx2HL0RNTwoIP4YCwdEM0leiPF0fpB0PleGv20kEQ/s400/Heart_Hands_Glove_Red_510630_1680x1050.jpg" width="400" /></a></div>
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Parece que o frio finalmente mostrou sua face gélida em nossa região. Enquanto escrevo este texto, o celular está marcando cinco graus em Itararé. Na madrugada a temperatura ficou abaixo de zero. Por outro lado, o noticiário internacional está mostrando as ondas de calor no hemisfério norte que dificultam a luta contra o fogo que atinge Portugal, Espanha e EUA.<br />
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Estas situações de frio e calor lembram as revelações divinas ao apóstolo João no livro do Apocalipse, especialmente a mensagem dirigida à igreja em Laodiceia: “Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.” (Ap 3.15-16)<br />
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É bem verdade que o frio em alguns lugares está de “congelar a alma”, mas muitas vezes é um frio de outra natureza que toma conta de nossos corações. Uma frieza no amor a Deus e ao próximo. Uma frieza na fé e nas obras. O apóstolo Tiago escreveu em sua Carta: “Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: ‘Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se’, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.” (Tg 1.15-17) O coração é frio quando a fé não é ativa no amor.<br />
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Tem um ditado que diz: “frio de mão, quente de coração” ou “mãos frias, coração quente, amor ardente”. Nossas mãos podem até estar frias, mas Deus quer que nosso coração esteja bem quente dentro de nós e para benefício do próximo. Assim como os discípulos de Jesus no caminho de Emaús, queremos sentir o coração arder em fé dentro de nós (Lc 24.32) para também termos um “ardente amor uns para com os outros” (1Pe 4.8). <br />
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<i>Publicado no Jornal O Guarani, nº 2515 – 28/07 a 03/08/2017 (Itararé, SP)</i>Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-32545558480678108922017-07-14T23:35:00.000-03:002017-08-11T13:50:23.793-03:00Quebrando o silêncio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJrWhIluoAho3w57eckJCgsp4JRQ97j6-Qt6XgkPeXJD-PCnBh7tdg5DsMoSKf956zmNVMMg3Ozvv23NkqLAm3DYQ2yiHWme0GKFQj5B_m2b4v6qtAFyMpwbUEYlFgiF-J2mihYnQCfUA/s1600/silencio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="312" data-original-width="740" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJrWhIluoAho3w57eckJCgsp4JRQ97j6-Qt6XgkPeXJD-PCnBh7tdg5DsMoSKf956zmNVMMg3Ozvv23NkqLAm3DYQ2yiHWme0GKFQj5B_m2b4v6qtAFyMpwbUEYlFgiF-J2mihYnQCfUA/s400/silencio.jpg" width="400" /></a></div>
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Tem um ditado que diz que “uma palavra vale uma moeda de ouro, mas o silêncio vale duas”. Há momentos que o silêncio vale mais que mil palavras. Mas a sabedoria bíblica ensina que há “tempo de calar e tempo de falar” (Eclesiastes 3.7). Saber quando calar e quando falar é uma arte das mais difíceis do mundo. Falamos coisas impróprias quando deveríamos ficar quieto. Silenciamos quando não deveríamos ser omissos. Somos ligeiros em abrir a boca e diminuir a reputação das pessoas. Somos vagarosos demais em levantar a voz quando vemos alguém ser injustiçado e caluniado.<br />
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Amós, um profeta do Antigo Testamento, vivenciou esse dilema no seu tempo. O reino de Israel havia expandido seu território e atingido o auge da prosperidade econômica. Apesar de toda grandeza exterior, Amós via que Israel era podre por dentro. A prosperidade escondia a injustiça. Neste contexto, o profeta observa duas coisas sobre o silêncio. Primeiro, que num tempo mau como aquele, o que for prudente guardará silêncio (Amós 5.13). E, segundo, que as pessoas odeiam os que na porta defendem a justiça e detestam as testemunhas que falam a verdade” (Amós 5.10). A porta da cidade eram uma espécie de tribunal de pequenas causas, onde os pobres e desprivilegiados iam em busca de justiça, mas não a encontravam. Então Amós levanta a voz: “Odeiem o mal e amem o bem, e restabeleçam na porta a justiça!” (Amós 5.15)<br />
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Em tempos maus o silêncio pode até ser “prudente”, mas é uma forma egoísta de autopreservação e segurança pessoal. Precisamos nos arrepender quando nos comportamos assim. Deus ensina, através de seu profeta que não se pode permanecer em silêncio diante do mal, mesmo que se enfrente o ódio por causa disso. Diante da injustiça o silêncio deve ser quebrado, senão ele será um silêncio mortal. O silêncio é o melhor amigo do mal quando ignora o clamor dos fracos. <br />
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Felizmente, Deus rompeu o silêncio através de seus profetas no passado. Amós foi apenas um deles. Quando olhamos para a presente realidade, percebemos que a voz de Deus ainda fala à nossa geração através de seus profetas do passado, nos chamando ao arrependimento e lamentando nosso silêncio diante do mal. Há mais de dois mil anos atrás, quando todos pensavam que as profecias haviam silenciado, ouviu-se a “voz do que clama no deserto” (Mateus 3.3). Era João Batista, o precursor, preparando o caminho daquele que seria a encarnação da Palavra. <br />
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Deus rompe o silêncio novamente através de seu Filho. “A Palavra fez-se homem e veio habitar no meio de nós... cheio de graça e de verdade” (João 1.14). Jesus é a verdade que desafia a pretensiosa auto-justiça dos fariseus e líderes religiosos de sua época. Ele é a verdade que traz justiça aos oprimidos e esperança aos sofredores. Ele não foi um espectador silencioso, tampouco complacente com aqueles que fizessem tropeçar um de seus pequeninos (Mateus 18.6). No entanto, quando ele mesmo era injustamente acusado, “como um cordeiro que é levado ao matadouro ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador, a sua boca não se abriu para protestar” (Isaías 53.7).<br />
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Mas o seu silêncio momentâneo foi quebrado por um brado em favor de seus pequeninos: “Está consumado!” (João 19.30). Estas palavras redimem a todos nós que silenciamos a verdade para nossa própria segurança e autopreservação. A mensagem de Jesus ainda hoje continua a quebrar o silêncio diante do mal. Ouçamos a voz que rompe aquele silêncio que pensamos ser a paz (Lucas 12.51). Ele fala para nós que a sua paz é a nossa paz: “Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá” (João 14.27). O silêncio poderia ser mortal para nós, mas Cristo quebrou o silêncio.<br />
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<i>Publicado no Jornal O Guarani, nº 2514 – 21 a 27/07/2017 (Itararé, SP)</i>Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-86259274893848834452017-06-28T16:27:00.001-03:002017-06-28T16:27:46.474-03:00Geloofsreis door het kerkelijk jaar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA-q_51kqUAJ2soLTAT-gG0Pf3bGZ_ImIgoVP1DYqrUPUDSDxgvpsLvDD8OVwjZXJvLx1wcNvVBbds1G04fDOddDgA_fy4tB1C_tjKn5yqqUwAWeO4luysPQRf0NHNNT4Pxh0SDyZI2rQ/s1600/holyspirit.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1109" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA-q_51kqUAJ2soLTAT-gG0Pf3bGZ_ImIgoVP1DYqrUPUDSDxgvpsLvDD8OVwjZXJvLx1wcNvVBbds1G04fDOddDgA_fy4tB1C_tjKn5yqqUwAWeO4luysPQRf0NHNNT4Pxh0SDyZI2rQ/s400/holyspirit.jpg" width="276" /></a></div>
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Het kerkelijk jaar is een geloofsverklaring die ons op didactische manier de betekenis van de geloofsleer onderwijst. Met Kerst belijden wij de menswording van de Zoon van God. Epifanie verkondigt aan de wereld de twee naturen van Christus, die zich aan de wereld toont als waarlijk God en waarlijk mens. Met Pasen wordt gedacht aan onze verzoening door Christus. Hemelvaart herinnert ons eraan dat wij in Jezus onze menselijke natuur al als onderpand hebben in de hemel. Bij Pinksteren gekomen denken wij aan de persoon van de Heilige Geest en zijn werk, die ons leidt in alle waarheid.<br /><br />Pinksteren, één van de belangrijkste feesten van de christelijke kalender, gedenkt de komst van de Heilige Geest op de volgelingen van Christus. De bijbeltekst vertelt: “In Jeruzalem woonden destijds vrome Joden, die afkomstig waren uit ieder volk op aarde.” (Hand.2:5) Zij waren daar vanwege het wekenfeest dat al voor Jezus’ tijd onder Griekse invloed ‘Pentèkostè’ werd genoemd. Een woord dat “vijftigste” betekent, omdat het 50 dagen (zeven weken) na het paasfeest werd gevierd. (Lev.23:15; Deut. 16:9,10)<br /><br />Op de vroegere bijbelse kalender viel dit feest gelijk met het begin van de tarweoogst (eerstelingen) (Ex.23:16;34:22). Ook herinnerde men zich dan de verbondsvernieuwing afgesloten met Noach en later met Mozes en de komst van de wet op de Berg Sinaï. Maar het werd het meest gezien als een oogstfeest, gelegenheid waarbij twee broden, gemaakt van de eerste tarweschoven, aan God werden geofferd.<br /><br />In deze feestelijke context waren de discipelen van Jezus bijeen, toen, “plotseling klonk er uit de hemel een geluid als van een hevige windvlaag dat het huis waar zij zich bevonden geheel vulde. Er verschenen aan hen een soort vlammen, die zich als vuurtongen verspreidden en zich op ieder van hen neerzetten, en allen werden vervuld van de heilige Geest en begonnen op luide toon te spreken in vreemde talen, zoals hun door de Geest werd ingegeven.” (Hand. 2:2-4) “Allen hoorden hen in hun eigen taal spreken over Gods grote daden.” (Hand. 2:10) Dit is het belangrijkste werk van de heilige Geest tot op vandaag, als hij mensen van alle volken verenigt in zijn heilige kerk, hen onderwijzend en herinnerend aan alles wat Jezus gezegd heeft.<br /><br />De christenen begonnen op hun pinksterfeest de komst van de beloofde Trooster, de heilige Geest, te vieren, de derde persoon van de mysterieuze Trindade, die in ons werkt en het geloof bewaart, zodat niemand kan zeggen: “Jezus is Heer, dan door de heilige Geest.”(1 Kor. 12:3) Deze Geest woont in onze harten door het geloof. (Ef. 3:17).<br /><br />Op Pinksteren gaan wij een nieuwe periode van het ecclesiastisch jaar binnen. Nu zijn wij in de gewone tijd, die gaat tot de Eeuwigheidszondag. De kleur groen van de paramenten herinnert ons eraan dat wij, net als een plant, gevoed worden tot wij “allen samen door ons geloof en door onze kennis van de zoon van God een eenheid vormen, de eenheid van de volmaakte mens, van de tot volle wasdom gekomen volheid van Christus.” (Ef. 4:13) Echter, omdat de kerk en een ieder van ons nog niet tot wasdom zijn gekomen, volharden wij in het Woord en maken van de verzen van dit lied, onze vurige bede tot de Heilige Geest:<br /><br /><b><i>O Heilige Geest van de Heer<br />geef ons geloof en ware liefde!<br />Wil ons troosten in ons leven<br />Uw kerk houdt ons bijeen.<br />Kyrie eleison.</i></b><br /><br />predikant Josemar<br />Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-45011604346050484982017-06-27T17:58:00.000-03:002017-06-27T17:58:01.101-03:00Nossa vida contraditória<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2aD31sPtVw9hzm4Y4e-ipnbc72rsd6DYkDyBPZ-FDkB-Ek9gullf94c-S01lOwPF3xi6rqJOXg_b9LsVV_oX0Meyx5FkzA2ImoKaHS5xkzX2CZlThXoJAeuVN7AlUvcNuce_24K8Ssz0/s1600/contraditorio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="327" data-original-width="900" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2aD31sPtVw9hzm4Y4e-ipnbc72rsd6DYkDyBPZ-FDkB-Ek9gullf94c-S01lOwPF3xi6rqJOXg_b9LsVV_oX0Meyx5FkzA2ImoKaHS5xkzX2CZlThXoJAeuVN7AlUvcNuce_24K8Ssz0/s400/contraditorio.jpg" width="400" /></a></div>
<br />O ser humano é por natureza um ser contraditório. Uma das marcas de nossa existência é a contradição. O apóstolo São Paulo escancara essa dura realidade: “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço” (Rm 7.19). Como não nos enxergamos nesse paradoxo? Ninguém, exceto psicopatas, acorda pela manhã desejando fazer o mal. Entretanto, no decorrer do dia percebemos que muitas de nossas ações foram maléficas, não somente para nós, mas também para o nosso próximo. Se realmente nos importamos com nossas ações e, principalmente como elas atingem nosso semelhante, então nos sentimos infelizes por sermos esta pessoa dividida, facilmente levada pelos ventos do narcisismo e do egoísmo. <br /><br />Como discípulos de Cristo, nos sentimos ainda mais frustrados com nossa incapacidade de seguir a lei do amor que ele ensinou. Queremos amar e fazer o bem, mas nos deparamos com a lei de que o mal também está em mim. Temos prazer na lei do Senhor, mas ao mesmo tempo nos sentimos prisioneiros da lei do pecado. Que contradição! Diante desse paradoxo, o salmista suplica a Deus: “Baixem sobre mim as tuas misericórdias, para que eu viva; pois na tua lei está o meu prazer” (Salmo 119.77). <br /><br />São um bálsamo para nossa vida contraditória a consciência de que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã” (Lm 3.22-23). A misericórdia divina livra-nos do peso da culpa e abre os nossos olhos para a vida graciosa. Viver pela graça significa reconhecer que o paradoxo luz e trevas faz parte de nossa existência. Ao admitirmos que também temos em nós o lado sombrio, aprendemos quem somos de verdade e, sobretudo, o significado da maravilhosa graça de Deus. Thomas Merton, um monge e poeta que viveu no século passado, escreveu certa vez que “ser ‘perfeito’ não é tanto uma questão de buscar a Deus com ardor e generosidade, mas ser achado, amado e possuído por Deus, de tal forma que sua ação em nós nos faz completamente generosos e nos ajuda a transcender nossas limitações e reagir contra nossa própria fraqueza” (Vida e santidade).<br /><br />Somos compelidos pela nossa natureza humana a satisfazer nossos caprichos, mas a graça de Deus torna nossas ações em bem aos olhos do mundo. “Mesmo nas trevas de nossa disposição para o mal brilha a presença e a misericórdia do divino Salvador”, lembra Merton. Essa graça e misericórdia divina é uma dádiva para nós e nos aponta que os caminhos e pensamentos divinos são mais altos que os nossos (Is 55.9). Por isso reconhecemos, como pessoas imperfeitas que somos, que tudo que é bom e agradável na vida é um dom gracioso de Deus. O ser humano é realmente uma contradição em si mesmo, mas a graça divina ensina que não existe “meritocracia” nesta equação. <br /><br />Vamos, pois, descomplicar nossa vida e desistir de sermos pessoas perfeitas e ainda impor a nós e aos outros o fardo de um padrão moral inatingível. Mas, com a ajuda de Cristo, vamos reconhecer com humildade o que somos e acolher com generosidade a graça e o amor que recebemos. Ao desviarmos os olhos de nós mesmos e fixarmos nossa atenção no poder de Deus, vamos perceber que não merecíamos nada e, no entanto, Deus já nos deu demais e somos profundamente amados por Ele.<br /><br /><i>Publicado no Jornal O Guarani, nº 2511 – 23 a 30/06/2017 (Itararé, SP)</i>Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-36763902748510469282017-06-12T08:00:00.000-03:002017-06-17T18:56:24.308-03:00Dia dos Namorados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Cada ato criador de Deus no livro bíblico de Gênesis é acompanhado de uma singela constatação do Criador de que tudo que havia feito era bom. O universo foi esta boa obra que passou a existir através de sua Palavra criadora. Como tudo fica mais bonito com flores, Deus plantou um jardim e ainda moldou cuidadosamente um ser humano parecido com ele para cuidar das plantas e animais. Assim era o Paraíso. Tudo era perfeito, não fosse a solidão da única criatura do gênero humano. E assim, a constatação do Criador ainda continua muito atual: “Não é bom que o homem viva sozinho”. Nenhum homem consegue ser uma ilha isolada. Então disse Deus: “Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade” (Gênesis 2.18). E, ao ser apresentado à sua companheira, o homem recita os primeiros versos de amor na Bíblia: “Esta, afinal, é ossos dos meus ossos e carne da minha carne!” (Gênesis 2.23). Assim foram feitos um para o outro. O amor estava no ar.<br />
<br />Podemos dizer que aquilo que aconteceu lá no Paraíso foi paixão à primeira vista. É assim que Deus continua unindo pessoas até hoje, despertando o amor, cultivando carinho e alimentando tudo isso com paixão, de forma que “toda a água dos oceanos não seria suficiente para apagar o fogo do amor; toda a água dos rios seria incapaz de o extinguir” (Cântico dos Cânticos 8.7). A paixão é um sentimento avassalador, por isso mesmo, não é permanente. O organismo do ser humano também precisa ser orientado para outras tarefas que demandam concentração, raciocínio e exatidão, coisas que não acontecem quando se está apaixonado.<br />
<br />Recentemente, pesquisadores apontaram que a paixão dura entre 18 meses e 3 anos. Esse é um tempo em que a paixão atua na aproximação de casais apaixonados, criando vínculos afetivos mais fortes que podem durar toda uma vida. O amor genuíno é o que fica depois que a paixão sossega. A paixão é sentimento divino e tão poderoso como revela o paralelismo bíblico do livro dos Cânticos dos Cânticos: “Que o amor é tão forte como a morte; e como a morte, também a paixão é incontrolável. O fogo ardente do amor é uma chama divina!” (8.6). A paixão é como labaredas intensa de Deus que, ao tocar corações apaixonados, tem o poder de reacender e tornar permanente a chama do amor. Certamente Deus não quer que a paixão acabe depois que os apaixonados decidem “juntar as escovas de dente”. Ele deseja que os casais continuem tendo experiências do Paraíso em seus relacionamentos terrenos.<br />
<br />Para o amor perpetuar nos corações apaixonados, Deus fez o ser humano com um dispositivo da paixão. Os cientistas que pesquisam o cérebro humano também descobriram que esse dispositivo fica no meio da nossa cabeça, numa área chamada de tegmento mesencefálico. Há uma intensa atividade cerebral ali nessa região quando se está apaixonado. Casais que vivem relacionamentos estáveis e duradouros e sentem-se apaixonados são aqueles que certamente propiciam situações que ativam o dispositivo da paixão. Estas situações são os pequenos gestos mágicos e encantadores, as doces e suaves palavras, as agradáveis trocas de olhares e cumplicidade. É pura dádiva de Deus que a paixão e a beleza de um amor nascido no Paraíso permaneçam latentes na vida de tantos pares, resistindo ao tempo e intempéries da vida.<br />
<br />Que Deus abençoe e frutifique o amor em todos os corações apaixonados!Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-35399995975905567502017-06-12T00:00:00.001-03:002017-06-12T00:00:59.336-03:00Domingo da Santíssima Trindade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ02PQpCDHqJcPYnwKuJOUDVHJQNrtFFNejyOhFBt1Z5Q2-f_tlex8ZllEawQzVb6WB2wacn5GaeQIPQ9PxNdrd9FFCwBWGa8bCKWFXWuO1FWvjUZaLYmm8oT87CiyhP_Sn5qXb8ZHOXw/s1600/trindade_santa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="282" data-original-width="750" height="120" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ02PQpCDHqJcPYnwKuJOUDVHJQNrtFFNejyOhFBt1Z5Q2-f_tlex8ZllEawQzVb6WB2wacn5GaeQIPQ9PxNdrd9FFCwBWGa8bCKWFXWuO1FWvjUZaLYmm8oT87CiyhP_Sn5qXb8ZHOXw/s320/trindade_santa.jpg" width="320" /></a></div>
<br />O Domingo da Santíssima Trindade é uma oportunidade dentro do Ano Eclesiástico de recapitularmos com gratidão o mistério da salvação, que é a obra do Pai através do Filho, no Espírito Santo. O foco da celebração da Trindade não deve ser tanto a respeito da doutrina mas a respeito da venerável adoração, tal como é o foco no Credo Atanasiano: “a fé católica consiste em venerar um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade ... deve ser venerada a Trindade na unidade e a unidade na Trindade" (<i>Livro de Concórdia</i>, pág. 20-21).<br /><br />Uma esplêndida exposição da Trindade também encontramos no conhecido hino que o bispo inglês Reginald Heber (1783-1826) escreveu para a celebração da Trindade:<br /><br />Santo! Santo! Santo! Deus onipotente, <i>[Ap 4.8]</i><br />cedo de manhã, cantaremos teu louvor. <i>[Is 26.9]</i><br />Santo! Santo! Santo! Trino Deus, clemente,<br />és um só Deus, excelso Criador! <i>[Is 6.3]</i><br /><br />Santo! Santo! Santo! Clamam os remidos, <i>[Ap. 4.6,10]</i><br />entoando salmos diante do Senhor.<br />Honra, glória e bênção rendem reunidos<br />ao Deus de eterno, infindo e grande amor. <i>[Ap 4.8b]</i><br /><br />Santo! Santo! Santo! Deus, que és majestoso,<br />reinas com poder sobre a terra, céus e mar.<br />Desde todo o sempre foste, ó Deus glorioso;<br />tua grandeza nunca irá findar. <i>[Sl 29.1,2]</i><br /><br />Santo! Santo! Santo! Deus que és sempre vivo,<br />tuas obras louvam teu nome com fervor. <i>[Ap 15.3,4]</i><br />Santo! Santo! Santo! justo e compassivo, <i>[Ap 5.13; Sl 145.8-10]</i><br />és um só Deus, supremo Criador!<br /><br />O hino lembra a imagem da revelação do Senhor Deus Todo-poderoso a João nos capítulos 4 e 5 do Apocalipse e a visão de Deus do profeta Isaías (cap. 6), apresentando numa linguagem vívida, a glória e majestade do Deus Triúno (estrofe 1). Cada estrofe inicia com o <i>Sanctus </i>do culto eterno que toda a companhia celeste rende à Trindade Santa (estrofe 2). A este culto se junta a imperfeição de nosso louvor terreno que confessa o domínio do Deus majestoso sobre todas as coisas (estrofe 3). Ao mencionar a tríade de seu domínio (terra, céus e mar), o poeta sacro também enfatiza a essência trinitária do Deus glorioso. Finalmente, as obras majestosas do Pai, Filho e Espírito Santo revelam que a Trindade age com justiça e compaixão (estrofe 4) para a redenção da criação.Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-69112121579703699472017-06-02T17:56:00.000-03:002017-06-04T17:56:32.995-03:00Pentecostes: a festa do Espírito Santo<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimvfYNVRL3oIjFWk-ceHLLkWJbZQA7yC1rNjuMVsDyJ2DS9X-jdvM8pegD-G9QUZKNqAwNchjOF8gtfa11wrWWWl5kwrkOzl7UB9LRwv0ffiYwhSzCPYvpGGk69WQIG6e4ab5OZDzt0V8/s1600/Juan+Bautista+Ma%25C3%25ADno+-+Pentecostes%252C+1620-1625.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1023" data-original-width="778" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimvfYNVRL3oIjFWk-ceHLLkWJbZQA7yC1rNjuMVsDyJ2DS9X-jdvM8pegD-G9QUZKNqAwNchjOF8gtfa11wrWWWl5kwrkOzl7UB9LRwv0ffiYwhSzCPYvpGGk69WQIG6e4ab5OZDzt0V8/s400/Juan+Bautista+Ma%25C3%25ADno+-+Pentecostes%252C+1620-1625.jpg" width="303" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Pentecostes" (1620-1625), Juan Bautista Maíno</td></tr>
</tbody></table>
<br />Neste domingo próximo celebraremos o Pentecostes, uma das festas mais importantes do calendário cristão, que lembra a descida do Espírito Santo sobre os seguidores de Cristo, exatamente 50 dias após a sua ressurreição e 10 dias após a sua ascensão.<br />
<br />O texto bíblico conta que naquele dia “havia em Jerusalém judeus, devotos a Deus, vindos de todas as nações do mundo” (At 2.5). Estavam ali por causa da Festa das Semanas, que já antes do tempo de Jesus, em virtude da influência grega, era chamada de Pentecostes, uma palavra que significa “quinquagésimo”, pois era celebrada 50 dias (sete semanas) após a Festa da Páscoa (Lv 23.15,16; Dt 16.9,10).<br />
<br />No antigo calendário bíblico esta festa acontecia na colheita dos primeiros frutos (primícias) do trigo (Ex 23.16; 34.22). Também passou-se a recordar a renovação da aliança feita com Noé e mais tarde com Moisés e a entrega da Lei no Monte Sinai. Mas era observada mais como uma festa de ação de graças, ocasião em que eram oferecidos ao Senhor dois pães feitos dos primeiros feixes de trigo colhidos.<br />
<br />É neste contexto festivo que os discípulos de Jesus estavam todos juntos, quando “de repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava” (At 2.2-4). Todos ouviram o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo ser proclamado em sua própria língua (At 2.10). Essa é a principal obra do Espírito Santo ainda hoje, quando ele reúne pessoas de todas as nações na santa Igreja, ensinando e lembrando tudo o que Jesus disse.<br />
<br />O Pentecostes foi o último acontecimento da obra salvadora de Jesus, a descida do Consolador que ele havia prometido. É esse derramamento do Espírito que os cristãos passaram a comemorar em seu Pentecostes. É a festa do Espírito Santo, a terceira pessoa da misteriosa Trindade que opera preservando a fé em nós, de maneira que “ninguém pode dizer: ‘Jesus é Senhor’, a não ser pelo Espírito Santo” (1Co 12.3). Este Espírito habita em nossos corações mediante a fé (Ef. 3.17). “Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês, e ele clama: ‘Aba, Pai’” (Gl 4.6).<br />
<br />Celebramos esta festa com grande alegria e fé na presença e poder do Espírito Santo na Igreja e em nossos corações, convencidos de que ainda hoje se repete o milagre do primeiro Pentecostes, quando Deus derramou neste dia o prometido Espírito Santo. No entanto, uma vez que a Igreja e cada um de nós ainda não alcançou a perfeição, façamos deste hino, conhecido desde o séc. XIII e popularizado por Lutero no séc. XVI, a nossa fervorosa prece ao Espírito Santo: <br /><i><b><br />Ó Santo Espírito do Senhor, <br />dá-nos fé e verdadeiro amor!<br />Queiras confortar-nos em nossa vida;<br />Tua igreja mantém unida.<br />Kyrie eleison.</b></i><br /><br /><i>Publicado no Jornal O Guarani, nº 2509 – 02 a 08/06/2017 (Itararé, SP)</i><br /><br />Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-43879160141122517802017-06-01T18:41:00.001-03:002017-06-01T18:41:20.065-03:00Cantata de Bach para a Visitação de Maria<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/38TS7EOGo9A" width="560"></iframe><br />
<br />
Magnífica cantada (BWV 147) que J. S. Bach compôs para a Visitação de Maria, lembrada ontem no calendário cristão.<br />
<br />
Aqui a regência é do grande maestro alemão Nikolaus Harnoncourt, que faleceu ano passado. A cantata é interpretada pelo <i>Concentus Musicus Wien</i> (fundado por Harnoncourt) e <i>Arnold Schoenberg Choir</i>.<br />
<br />
No seu livro "O Discurso dos Sons" (Jorge Zahar Editora), Harnoncourt tece uma crítica aos valores de nossa sociedade:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<i>"Pagamos preço bem alto por aquilo que nos parece o cômodo, o indispensável; sem nos darmos conta, rejeitamos a intensidade da vida em troca da sedução enganadora do conforto - e aquilo que verdadeiramente perdemos, jamais recuperaremos."</i></blockquote>
<br />
Tantas coisas simples da vida, assim como a boa música, nos aproximam do Paraíso!Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-56554612065165708022017-05-25T16:41:00.001-03:002017-05-25T16:41:04.576-03:00A ascensão de Jesus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq1bp1RgN2Pm2bBa9ToYIR-qnYFmEAP7j8fiJyGL5Rybmzv9BNZe5WTDdPPLkk8TGKKGpGAV1b18L_dgSY6vGjaVLyni-1CjQTAV8ETCaIB_j258qQruM0kZUlVzu5XfASAcwtDBE1Oho/s1600/5671121397_bc52022026_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="910" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq1bp1RgN2Pm2bBa9ToYIR-qnYFmEAP7j8fiJyGL5Rybmzv9BNZe5WTDdPPLkk8TGKKGpGAV1b18L_dgSY6vGjaVLyni-1CjQTAV8ETCaIB_j258qQruM0kZUlVzu5XfASAcwtDBE1Oho/s400/5671121397_bc52022026_b.jpg" width="355" /></a></div>
<br />O livro bíblico dos Atos dos Apóstolos relata que depois de ressuscitar, Jesus apareceu aos discípulos “por um período de quarenta dias falando-lhes acerca do Reino de Deus” (At 1.3). Ao final desse tempo, Jesus disse que o Espírito Santo desceria sobre eles. “Tendo dito isto, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia” (At 1.9-10). Hoje, passados 40 dias da Páscoa, a igreja cristã celebra a Ascensão de Jesus, lembrando o dia em que sua aparência visível ficou oculta da vista humana.<br />
<br />Diante de muitas circunstâncias dolorosas da vida, somos levados a pensar que se Cristo está lá no céu, ele está ausente de nossa realidade aqui embaixo. Tragédias como a da Inglaterra, nesta semana, trazem a sensação de que não estamos seguros aqui no mundo. Mas não precisamos ir muito longe, quando vivemos uma catástrofe social e política em nossa pátria e em nossas cidades convivemos com o medo e a insegurança. E ainda mais próximo de nós está a ansiedade e o medo provocados pela enfermidade, ódio, dívidas, dissoluções familiares e tantas outras tragédias pessoais e coletivas que conhecemos muito bem. Todos estes eventos reforçam uma ideia de que estamos ao deus-dará. Mas, por causa da ascensão de Cristo, acontece exatamente o contrário. Agora ele tem o domínio sobre tudo e está em todo lugar, no tempo e no espaço. A ascensão de Cristo nos proporciona uma grande dádiva que é termos Cristo bem perto de cada um de nós, ao alcance de nossos clamores e necessidades.<br />
<br />Cristo não foi embora. Ele ainda permanece conosco. “Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28.20), prometeu nosso Senhor. Não conseguimos vê-lo com nossa fraca visão terrena, mas o veremos no último dia. “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir” (At 1. 11), disseram os anjos aos discípulos após a ascensão de Cristo. A fé permite olharmos através da nuvem que encobriu o Salvador e enxergarmos que em Cristo já estamos assentados nos lugares celestiais. “Mesmo não o tendo visto, vocês o amam; e, apesar de não o verem agora, creem nele e exultam com alegria indizível e gloriosa, pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a salvação das suas almas” (1 Pe 1.8-9).<br />
<br />Juntando-nos aos discípulos e todo o povo de Deus, vamos ficar com nossos olhos da fé fitos nos céus. E com nossos pés vacilantes ainda fincados neste chão, vamos trilhar nosso caminho de peregrinos neste mundo, certos de que Cristo está acompanhando nossa luta diária aqui e, como nosso advogado e mediador diante do Pai, defende nossa causa e intercede por nós. Podemos lançar sobre o Senhor toda nossa ansiedade (1 Pe 5.7), pois do seu trono de majestade, do pináculo do Reino de Deus, Cristo governa amorosamente a vida de seu povo!<br />
<br />Que feliz e abençoada Ascensão de Cristo!Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-63336993186874376762017-05-14T23:33:00.004-03:002017-05-14T23:33:44.175-03:00Consolo sublime<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-mE06KmuXof63P6HcisGjjWqVMVSMSoFEYuqWaW31vGcW7Mk4uihnbAy2LA3337R9yUC1PE6DkRKzEsx9w9RZmTfIQnkul-JATLUFsCGXC8Yz8erjXr0674cpHhIrBUrkWReD4iPQZCI/s1600/Christ+on+the+Cross+with+the+Virgin+and+St+John%252C+1510+-+Albrecht+Durer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-mE06KmuXof63P6HcisGjjWqVMVSMSoFEYuqWaW31vGcW7Mk4uihnbAy2LA3337R9yUC1PE6DkRKzEsx9w9RZmTfIQnkul-JATLUFsCGXC8Yz8erjXr0674cpHhIrBUrkWReD4iPQZCI/s400/Christ+on+the+Cross+with+the+Virgin+and+St+John%252C+1510+-+Albrecht+Durer.jpg" width="322" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Cristo na Cruz com a Virgem e São João</i> (1510) - Albrecht Dürer</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="font-size: large;">Eis diante da cruz Maria, mãe de Jesus. Não está só,
afinal. A irmã dela e duas amigas, também chamadas de Maria - a mulher
de Cléopas e Madalena -, a amparam, enxugando lágrimas, segurando mãos,
acolhendo em abraços o corpo cansado da mãe que vê partir o filho com o
coração apertado.<br />Mas, da cruz, o menino de Maria, a mãe, as
contempla. E vê também o amigo, o discípulo amado. Compadece-se do
sofrimento materno e, antes do derradeiro suspiro, concede à mãe
enlutada um filho para a amparar e ao amigo querido uma mãe para o amar.
Consolo sublime na hora mais dura: receber um filho, ganhar uma mãe.</span><br /><br /><i><b>Baseado em João 19.25-27</b></i><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><b>Fonte</b>: <u>Mãe, Te Amo!</u> São Leopoldo: Ed. Sinodal, 2007. pág. 5.</span>Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-86139713261585452202017-05-13T22:32:00.001-03:002017-05-13T22:32:17.209-03:00Raízes e asas: presentes de mãe<span></span><br />
<div data-contents="true">
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="b7ib4-0-0">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWBV68IZDA3_ohZ_bUWFhGiOw11YXTv0pbppZ6PJp_odlLY5Om7PrH7O6V0N0f8gJvpTbItezodBby_u2iCFk6CIk25xawGQK4iXpbs0pBvfOy4QKpUj_jwij4ubkSz7GjMpO-Qsdq0DI/s1600/25c011965f0d25df9ea523521dc836ce.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWBV68IZDA3_ohZ_bUWFhGiOw11YXTv0pbppZ6PJp_odlLY5Om7PrH7O6V0N0f8gJvpTbItezodBby_u2iCFk6CIk25xawGQK4iXpbs0pBvfOy4QKpUj_jwij4ubkSz7GjMpO-Qsdq0DI/s400/25c011965f0d25df9ea523521dc836ce.jpg" width="282" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b7ib4-0-0">
<span data-offset-key="b7ib4-0-0"><span data-text="true"> </span></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b7ib4-0-0">
<span data-offset-key="b7ib4-0-0"><span data-text="true">O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Roma que estava certo de que nada pode separar o ser humano do amor de Deus, “<i>nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura</i>” (Rm 8.38-39). Pois eu também estou certo de outra coisa. Nada pode nos separar do amor de mãe, nem a distância, nem a vida adulta, nem o casamento, nem alguma outra coisa. A ligação telefônica que recebi de minha mãe na semana passada confirmam isso. Ela se mostrava preocupada com minha saúde e com o tempo que já passou sem visita-la, o que ela também julga importante para uma boa saúde emocional. Comovido por esse amor de mão, fui às lágrimas. Acredito que toda mãe, mesmo após os filhos terem alçado voo na vida, esperam que eles voltem de vez em quando ao ninho.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="89gg7-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="89gg7-0-0">
<span data-offset-key="89gg7-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="aprg5-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="aprg5-0-0">
<span data-offset-key="aprg5-0-0"><span data-text="true">Conta-se que ao indagarem a mãe do pastor Martin Luther King Jr., sobre como havia educado seu filho para uma vida dedicada a Deus e o próximo, a senhora Alberta Williams King teria respondido que lhe havia dado duas coisas: “<i>raízes e asas</i>”. Não sei se tal episódio na vida daquela mãe é verídico, mas faz todo o sentido se examinarmos os escritos de seu filho. Em 1950, antes de se tornar o grande ativista dos direitos civis e o mais jovem laureado com o prêmio Nobel da Paz, Luther King escreveu: “<i>Nossa mãe também esteve sempre nos bastidores, provendo aqueles cuidados maternos, cuja falta deixa um elo perdido na vida... É muito fácil para mim pensar em um Deus de amor, principalmente porque eu cresci em uma família onde o amor era central e onde relações permeadas por amor eram sempre presentes</i>” (The Papers of Martin Luther King, Jr, Volume 1. p. 360).</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="20uqj-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="20uqj-0-0">
<span data-offset-key="20uqj-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="4mjvp-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4mjvp-0-0">
<span data-offset-key="4mjvp-0-0"><span data-text="true">A sabedoria das “raízes e asas” atribuída à mãe de Luther King já foi creditada ao Rev. Henry Ward Beecher (1813-1887) pelo presidente norte-americano Ronald Reagan, numa mensagem pelo Dia dos Avós em 1982. Também foi citada pelo jornalista, agraciado com o Prêmio Pulitzer em 1946, William Hodding Carter II: “<i>Uma mulher sábia me disse uma vez que há apenas dois legados duradouros que podemos transmitir aos nossos filhos. Um deles ela disse que é raízes, o outro, asas. E elas só podem ser cultivadas em casa</i>” (<i>Where Main Street Meets the River</i>. New York: Rinehart & Co., 1953. p. 337).</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="74smc-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="74smc-0-0">
<span data-offset-key="74smc-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="7rda3-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7rda3-0-0">
<span data-offset-key="7rda3-0-0"><span data-text="true">Raízes e asas são presentes de mãe. As raízes são a educação e os valores de casa, a integridade e boas referências da família, e principalmente o afeto que nasce do amor materno que acompanham os filhos por toda a vida. A promoção saudável da autonomia são asas que permitirá aos filhos alçarem voos alicerçados e nutridos nestas raízes. Diante dos dilemas e decisões que a vida colocar diante dos filhos, eles vão agir da forma mais correta, justa e honesta que é possível. Jamais irão entristecer ou envergonhar a mãe que o gerou.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="9087s-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9087s-0-0">
<span data-offset-key="9087s-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="bcuc5-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bcuc5-0-0">
<span data-offset-key="bcuc5-0-0"><span data-text="true">De um modo especial e maravilhoso o Senhor tece a vida no ventre de uma mãe (Sl 139.13-14) e a sustenta com suas dádivas através da mesma mãe. Por tudo isso, a maternidade é uma maravilhosa vocação na qual Deus chama uma vida para gerar e participar diretamente na orientação e desenvolvimento de outras vidas e ainda serem portadoras iniciais da vontade de Deus no mundo! </span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="5b20v-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5b20v-0-0">
<span data-offset-key="5b20v-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
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<div class="" data-block="true" data-editor="ae16p" data-offset-key="5c75g-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5c75g-0-0">
<span data-offset-key="5c75g-0-0"><span data-text="true">Parabéns minha mãe! Parabéns a todas as mães! Deus abençoe todas!</span></span></div>
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Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-42725380026614895222017-05-11T16:38:00.003-03:002017-05-11T16:38:32.876-03:00O Gavião-de-Penacho e o Vira-Bosta<br />
Vários escritores contribuíram com sua arte literária para um livro surpreendente. Transcrevo abaixo o conto do Donaldo Schüler, professor que tanto admiro, do livro <i>Paz: um vôo possível</i> (Izabel Bellini Zielinsky (org.). Porto Alegre: AGE, 2004. p. 63-65):<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh9UCSVj-6kbAYqoJM4oiB6GHyNpoP5OyjFa49KbIAbIvKkrzoKN3VX8Yc40ZaXcpbVyhB-dMQoGRc2fhaYQpNWTnxVQn4GQ5W4iaTw0RMwdoY2w9fLKHNrRDByKEhX4kLARuJ_VOuEWk/s1600/vira_bosta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh9UCSVj-6kbAYqoJM4oiB6GHyNpoP5OyjFa49KbIAbIvKkrzoKN3VX8Yc40ZaXcpbVyhB-dMQoGRc2fhaYQpNWTnxVQn4GQ5W4iaTw0RMwdoY2w9fLKHNrRDByKEhX4kLARuJ_VOuEWk/s200/vira_bosta.jpg" width="176" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">O Gavião-de-Penacho e o Vira-Bosta</span></b></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Donaldo Schüler</i></div>
Um gavião-de-penacho persecutia um ratão-de-riacho.<br />O ratão pediu ajuda a um coelho. O coelho negou. Pediu ajuda a uma perereca. A perereca negou. Pediu ajuda a uma formiga. A formiga negou. Pediu ajuda a um vira-bosta. O vira-bosta disse: <br />- Venha, você é meu hóspede. Veio o gavião-de-penacho e ordenou:<br />- Me dá o ratão!<br />- O vira-bosta respondeu:<br />- Não se aproxime que pisa na bosta. O ratão é meu hóspede. O gavião-de-penacho sem paciência retrucou:<br />- Deixe de fricotes, vira-bosta. E levou o ratão.<br />O vira-bosta, de furioso, virou besta, atacou o ninho do gavião-de-penacho para acabar com a raça do infiel. Encostava o nariz nos ovos como se fossem bolinhas de bosta. Os ovos se espatifavam no chão.<br />O gavião-de-penacho convocou o gavião-rapina. O vira-bosta convocou o vira-bosta-grande. O vira-bosta-grande atacou o ninho do gavião-rapina. O gavião-de-penacho convocou o gavião-mateiro. O vira-bosta convocou o vira-bosta-mauteiro. O vira-bosta-mauteiro atacou o ninho do gavião-mateiro.<br />O gavião-de-penacho convocou assembleia geral extraordinária de todos os gaviões. Ordem do dia: guerra total à nação dos vira-bostas. O vira-bosta chamou todos os vira-bostas do mundo para acabarem com os gaviões de todas as raças. Sofreram danos graves o gavião-padre, o gavião-vaqueiro, o gavião-azul, o gavião-carijó, o gavião-tesoura, o gavião-de-coleira, o gavião-belo, o gavião-saveiro, o gavião-caboclo, o gavião-quiriquiri, o gavião-caramujeiro, o gavião-pomba, o gavião-pescador, o gavião-carapateiro, o gavião-do-mangue, o gavião-das-taperas.<br />Quem lucrou com a guerra foi a rabofremosa. Das árvores choviam bolinhas brancas. A oferta de ovos de gavião era muito maior que a procura.<br />Repórteres quiseram saber a opinião do papagaio sobre a guerra. A resposta do psitacídeo virou manchete:<br />- É uma bosta.<br /><br /><br /><b>DONALDO SCHÜLER</b><br /><br />
É doutor em Letras e Livre-Docente pela UFRGS, onde foi titular de Língua e Literatura Grega. Fez pós-doutorado na USP, concluído com o trabalho <i>Eros: Dialética e Retórica</i>. Ministrou cursos (graduação e pós-graduação) no Brasil e no exterior. Atualmente atua como conferencista e professor. Escreveu os ensaios: T<i>eoria do Romance; Narciso Errante; Eros: Dialética e Retórica; Na Conquista do Brasil; Heráclito e seu (dis)Curso; Origens do Discurso Democrático</i>. Romances:<i> A Mulher Afortunada; Faustino; Pedro de Malasartes e Império Caboclo</i>. Traduziu o romance <i>Finnegans Wake</i>, de James Joyce (escolhida como a melhor tradução de 2003 pela APCA). Está traduzindo <i>Tragédias gregas</i> e a <i>Odisseia</i>, de Homero. É detentor do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre e da Medalha Negrinho do Pastoreio (2002). Recebeu o Prêmio Fato Literário, em 2003, e o Prêmio Jabuti 2004, na categoria de tradução. Patrono da 50ª Feira do Livro de Porto Alegre.Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4682843858868820182.post-977614036870503512017-05-01T14:34:00.001-03:002017-05-01T14:34:34.711-03:00Trabalho: castigo ou vocação?<span></span><br />
<div data-contents="true">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaGGsPznjw4IGzGKaOEirgetfiLRKQhF61zUyIp9bWaIc7fULB00kU5Vos_RvcM4wOLotvpzngt3PWH5cjIT7_1KCPmPEzuR5uKNc9COzdOLhObKeZ8EuZqa7pUxGZtFE3Dgoe6coxZ7c/s1600/avatars-com-diferentes-profissoes_23-2147506284.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaGGsPznjw4IGzGKaOEirgetfiLRKQhF61zUyIp9bWaIc7fULB00kU5Vos_RvcM4wOLotvpzngt3PWH5cjIT7_1KCPmPEzuR5uKNc9COzdOLhObKeZ8EuZqa7pUxGZtFE3Dgoe6coxZ7c/s400/avatars-com-diferentes-profissoes_23-2147506284.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cg7ru-0-0">
<span data-offset-key="cg7ru-0-0"><span data-text="true"></span></span></div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="bsmqd-0-0">
<span data-offset-key="bsmqd-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2pcu3-0-0">
<span data-offset-key="2pcu3-0-0"><span data-text="true">O dia 1º de maio é um dia para exaltar o Trabalho e o Trabalhador. “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem”, diz o Salmo 128. No entanto, nem sempre as coisas foram vistas dessa maneira na história da humanidade. Na Grécia antiga o trabalho era coisa para os humildes e inferiores (<i>humiliores</i>) enquanto o ócio cabia ao os homens livres e honestos (<i>honestiores</i>), a ponto de Xenofonte escrever que “as pessoas que se dedicam aos trabalhos manuais nunca são elevadas” e que “a ciência do senhor reduz-se a saber utilizar o seu escravo”. A ideia era que os cidadãos deviam estar livres para cuidar da mente, da beleza e da “coisa pública” (República), cabendo todo o trabalho aos escravos.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="39ot4-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="39ot4-0-0">
<span data-offset-key="39ot4-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="8bp3g-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8bp3g-0-0">
<span data-offset-key="8bp3g-0-0"><span data-text="true">Também entre cristãos já se viu o trabalho como um castigo e maldição de Deus, devido a suas palavras dirigidas a Adão: “No suor do rosto comerás o teu pão” (Gn 3.19). Na Idade Média, a sociedade era basicamente dividida entre os que governavam, os que oravam e os que trabalhavam. Ainda persiste uma visão inferior do trabalho, pois a vida de rei e sacerdote é superior à do trabalhador camponês. No entanto, as leis da igreja ainda garantiam quase cem dias de descanso aos que trabalhavam, entre domingos e feriados religiosos. É dentro dos mosteiros que ressurge uma valorização do trabalho com a adoção do princípio “<i>ora et labora</i>” (ora e trabalha). Não é à toa que muitos mosteiros progrediram tornando-se muito ricos até, enquanto a pobreza tomava conta das cidades.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="2jq15-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2jq15-0-0">
<span data-offset-key="2jq15-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="1mg7g-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1mg7g-0-0">
<span data-offset-key="1mg7g-0-0"><span data-text="true">É a partir do movimento da Reforma, que este ano completa 500 anos, que esta ética do mosteiro é levada para a vida secular, de que o trabalho faz parte da vida cristã e do serviço a Deus. Neste sentido, há um resgate do trabalho em benefício do próximo e fazer isso é cultuar a Deus e cumprir sua vontade. É por isso que Lutero, um dos reformadores, vai dizer que a vida de um sacerdote que vive orando não é superior à de uma mãe que troca as fraldas e limpa uma criança. Neste exemplo, a mãe faz o que Deus espera que ela faça e quando ela assim o faz, está agindo em amor e benefício de seu semelhante. O trabalho, por mais humilde que seja, se executado com esmero, de acordo com a vocação que Deus deu a cada um, torna-se uma oportunidade para servir o próximo.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="ceerk-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ceerk-0-0">
<span data-offset-key="ceerk-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="3lcdu-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3lcdu-0-0">
<span data-offset-key="3lcdu-0-0"><span data-text="true">De castigo divino o trabalho virou vocação divina. João Calvino, outro reformador, escreveu: Se seguirmos fielmente nosso chamamento divino, receberemos o consolo de saber que não há trabalho insignificante ou nojento que não seja verdadeiramente respeitado e importante ante os olhos de Deus”.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="do76r-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="do76r-0-0">
<span data-offset-key="do76r-0-0"><span data-text="true">A Revolução Industrial que se seguiu acentuou um dos grandes pecados que enlaçam o ser humano: a ganância. Esta situação vai descambar no que se chamou de “exploração do homem pelo homem” pela alienação do trabalho, com abolição dos dias feriados e jornadas de trabalho que chegavam até 18 horas, sem descanso ou férias. Os benefícios do progresso industrial não se deram sem o sacrifício de muitas vidas, aumento da miséria e muita exploração. Neste contexto, surgem os trabalhadores que não conseguem emprego. O historiador Jacques Le Goff nos conta que, em Paris, esses trabalhadores se reuniam na Place de Grève para oferecer seu trabalho para o dia todo. Diante de suas míseras condições, era comum a raiva e consequente revolta desses trabalhadores, gerando protestos e tumultos (“<i>taquehans</i>”, no francês antigo). Daí vem a origem da palavra greve, um direito que hoje é assegurado por lei aos trabalhadores com vistas à defesa de seus direitos e reivindicações.</span></span></div>
</div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="rvbs-0-0">
<span data-offset-key="rvbs-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="3qbp7-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3qbp7-0-0">
<span data-offset-key="3qbp7-0-0"><span data-text="true">A ganância sempre leva nossas relações humanas à ruína (1 Tm 6.10). O reformador Lutero apontava que a Palavra de Deus está onde trabalhador e patrão entendem que a razão principal de seu fazer é estar servindo ao seu amado Deus e Senhor Cristo. Quando há amor nas relações de trabalho, aí se vê “uma obra autêntica vinda de um coração puro”. Quando se age somente no interesse próprio, “perante Deus o coração ainda está impuro... neles não se encontra a Palavra de Deus e, sim, seu próprio ídolo: prestígio, dinheiro, poder, etc.”, diz Lutero. Para ele, quando se tem um bom patrão ou patroa, dá até vontade de voltar salário.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="1u75o-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1u75o-0-0">
<span data-offset-key="1u75o-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="apa4a" data-offset-key="entec-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="entec-0-0">
<span data-offset-key="entec-0-0"><span data-text="true">Quando a vontade divina do amor ao próximo encontra a justiça nas relações, os trabalhos e afazeres tornam-se uma dádiva, que somada ao estudo e lazer é a síntese do que o sociólogo italiano Domenico de Masi chamou de “ócio criativo”. “Não andeis ansiosos pela vossa vida” (Mt 6.25) é o convite de Jesus Cristo, que também pediu para observarmos mais as aves do céu e os lírios do campo para aprendermos a levar uma vida mais tranquila com confiança no Pai celeste.</span></span></div>
</div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="7lqmi-0-0">
<span data-offset-key="7lqmi-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
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<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3gpa3-0-0">
<span data-offset-key="3gpa3-0-0"><span data-text="true">Trabalhador e trabalhadora, Deus abençoe seu merecido feriado!</span></span></div>
</div>
</div>
Josemar da Silva Alves Bonhohttp://www.blogger.com/profile/16678391284258704685noreply@blogger.com0